A Xiaomi acaba de lançar aquele que é, oficialmente, o chip de 3nm com o die mais pequeno da atual geração de SoCs. Ou seja, o novo XRING 01 não só usa a segunda geração do processo de fabrico N3E da TSMC (o mesmo usado pela Apple no A18 Pro), como consegue ficar ligeiramente abaixo em tamanho face ao chip mais recente do iPhone 16 Pro.
A performance não é exatamente a mesma face aos pesos pesados do mundo mobile atual, mas, não fica muito atrás. Algo quase inacreditável para aquilo que é a primeira tentativa a sério da Xiaomi neste mundo do design e produção de chips.
Mais pequeno, mas não menos potente!
Estamos a falar do tamanho físico do chip. Ou seja, o XRING 01 mede apenas 109 mm², superando por pouco o A18 Pro com os seus 110 mm². Um número que não é nada mau para um chip que conta com 19 mil milhões de transístores e promete alimentar alguns dos próximos topos de gama da Xiaomi com grande eficiência e desempenho.
Em comparação, o Snapdragon 8 Gen 4 Elite tem 124 mm² e o Dimensity 9400 da MediaTek é o mais “gordinho” da geração com 126 mm².
Por que motivo é isto importante ou interessante?
Porque fazer chips mais pequenos não é só uma questão de estética ou espaço. É também (e acima de tudo) uma questão de dinheiro. Quanto maior o die, mais caro é produzir cada unidade, o que naturalmente se reflete no preço final do cbip, e consequentemente do equipamento final.
A Xiaomi está claramente a tentar encontrar o ponto de equilíbrio perfeito entre desempenho, custo e inovação.
Afinal, apesar do seu tamanho, o XRING 01 conta com um CPU de 10 núcleos, um GPU de 16 núcleos, suporte para memória LPDDR5T e outras especificações de topo.
Mais núcleos, mais potência… ou mais consumo?
Ainda não sabemos como será o comportamento energético na prática, mas este aumento no número de núcleos pode ser uma forma de compensar o espaço reduzido da die. Se a aposta resultar, podemos estar perante uma mudança de paradigma.
Agora resta saber como é que a Xiaomi vai aproveitar este monstro nos seus próximos smartphones. Será que vamos ver este XRING 01 já no Xiaomi 16? Ou estará reservado para algo ainda mais especial?
Os consumidores não está a dar a importância que este chip merece. É que se isto for mesmo em frente, pode ter a certeza que a Xiaomi não vai ser a única a fugir da Qualcomm e MediaTek. Muitas outras vão fazer o mesmo, o que por sua vez vai resultar no aparecimento de várias alternativas interessantes para abanar o mercado.