Sexta-feira, Setembro 26, 2025

Xiaomi está cada vez mais Apple? Isto é mau?

Durante anos, dizia-se que as fabricantes chinesas viviam da “inspiração” vinda do iPhone. Umas copiavam mais descaradamente, enquanto outras tentavam dar o seu toque, mas a verdade é que a sombra da Apple esteve sempre presente.

Mas, com o passar do tempo, marcas como a Xiaomi, OPPO, a Vivo e até a Huawei foram criando a sua própria identidade. Mas, a Xiaomi parece ter decidido dar um passo atrás e voltou a olhar diretamente para Cupertino.

Porém, não é um passo rumo à imitação pura e dura. A Xiaomi quer meter-se ao lado da Apple, com algumas das mesmas ideias, mas outras características que a empresa da maçã não tem para oferecer ao mercado.

Aliás, é exatamente por isso que os novos Xiaomi saltam do 15 para o 17, e vão buscar os nomes Pro e Pro Max.

A Xiaomi a falar com o ecossistema Apple? Sim!

O caso mais curioso é que os novos topos de gama da marca já conseguem comunicar com dispositivos Apple. Imagine ter um MacBook ou um iPad, mas querer usar um Xiaomi como smartphone principal.

Até agora, isso seria um pesadelo de compatibilidade. Hoje, não. A Xiaomi já consegue integrar-se quase tão bem como um iPhone.

É inesperado? Muito. É inteligente? Sem dúvida! Aliás, como deve saber, o grande factor de retenção de clientes no lado do iPhone, é mesmo devido ao facto de o utilizador ficar “preso” ao ecossistema.

Porque é que isto importa?

A Xiaomi sempre teve dificuldades em afirmar-se no segmento premium.

Os smartphones topos de gama vendem bem na China, mas na Europa o peso continua a ser da Apple e da Samsung. Ao apostar numa ponte entre ecossistemas, a Xiaomi tenta quebrar essa barreira psicológica: “se já funciona com o meu MacBook, porque não experimentar?”.

Além disso, os novos Xiaomi 17 também parecem trazer coisinhas novas, e ao mesmo tempo anulam coisas irritantes no software da gigante. (Mesmo que o software fique mais parecido com o iPhone)

Pode ser meio caminho andado para o sucesso!

O risco da estratégia

Mas há um lado menos positivo. Ao aproximar-se tanto da Apple, a Xiaomi arrisca-se a perder a tal identidade que levou anos a construir. Pode ser vista apenas como a “alternativa mais barata ao iPhone” em vez de ser uma marca com valor próprio.

Conclusão

A Xiaomi está a jogar forte. Aproximar-se da Apple pode ser a chave para ganhar espaço no mercado premium, mas também pode prender a marca ao papel de seguidora. Agora é esperar para ver o que dá.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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