Segunda-feira, Setembro 29, 2025

Truque do alarme nos centros comerciais: não sejas a próxima vítima!

Estás numa loja, levas um casaco para experimentar, passas pela saída como toda a gente faz e de repente um alarme estridente dispara. Um segurança aproxima-se, pede para abrires a mala, confere-te, pede o talão. Entre o desconforto e a vergonha, lá ficas retido uns minutos. Quando finalmente te deixam ir embora, descobres a pior parte: a pessoa que vinha logo atrás passou pelo mesmo portão… e desapareceu com uma peça roubada. Não é ficção. É uma variação sofisticada de truque antigo. Mas como funciona este truque do alarme nos centros comerciais.

Como funciona o truque do alarme nos centros comerciais?

Alguém cola (ou coloca discretamente) um pequeno dispositivo, um alarme/etiqueta, no teu bolso, no fundo da tua mala ou numa etiqueta de roupa. Quando passas pela zona de deteção, o alarme soa e toda a atenção recai sobre ti. Enquanto estás a explicar, a polícia (ou os seguranças) distraídos, o verdadeiro autor do furto move-se com calma e sai da loja sem levantar suspeitas. O objectivo é simples e cruel: transformar-te em bode expiatório.

Porque é que isto funciona tão bem

Há três razões que tornam este golpe eficaz:

Instinto humano de culpa: quando um alarme soa, quem está mais próximo costuma sentir-se automaticamente responsável ou suspeito. A loja e os seguranças focam-se em quem está a disparar a alarme.

Caos e confusão: o barulho dá cobertura à acção do cúmplice: mover sacos, levar produtos, cruzar saídas secundárias.

Vergonha e pressa: muitas vítimas querem evitar cena e constrangimento; ficam ansiosas, aceitam explicações rápidas e não exigem provas, o que facilita a fuga do verdadeiro ladrão.

Isto é um golpe psicológico: explora o reflexo humano de “parar e justificar” em vez de agir com cautela.

Como reconhecer que pode estar a acontecer

Detectar a situação no momento nem sempre é trivial, mas alguns padrões repetem-se:

  • O alarme soa exactamente quando estás a passar numa porta e parece “apontado” para ti.
  • Há movimento suspeito de pessoas que se aproximaram da mesma peça pouco antes de saíres.
  • Pessoas que te abordam com desculpas exageradas (p.ex.: “Desculpa, acho que isto era meu”) e que depois fogem quando tens de prestar atenção.
  • Elementos do staff apenas te falam a ti e não olham para outras possíveis saídas.

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O que fazer imediatamente

Se o alarme tocar e sentires que algo não bate certo, faz isto sem drama e sem te pôr em risco:

Mantém a calma. Não te metas em cenas físicas, não corras, não grites.

Pede ao segurança que mostre a base do alarme ou a imagem da câmara que o detetou (quando possível). Exige que a verificação seja feita de forma objetiva, na presença de testemunhas.

Se for necessário abrir a mala ou a roupa, pede que o façam sempre com um funcionário da loja e, se possível, na presença de outros clientes. Evita lugares isolados.

Exige um comprovativo (recibo ou registo) da revista ou do incidente da mesma forma que os lojistas documentam o que fizeram contigo.

Se suspeitares que foste vítima (tu foste confundido e alguém foi o verdadeiro autor), telefona imediatamente para a polícia local e faz participação. Regista tudo: nomes dos funcionários, hora, descrição das pessoas que estavam contigo na fila.

Bloqueia cartões e/ou telemóvel se estes desapareceram; avisa o banco e a operadora de imediato.

Estas medidas protegem-te legalmente e criam um rasto documental que ajuda a provar a tua inocência depois.

Pequenas mudanças que reduzem o risco

Alguns hábitos simples diminuem a probabilidade de seres alvo:

Mantém a carteira/telemóvel em bolsos interiores com fecho, ou dentro de pochetes discretas.

Evita deixar sacos ou casacos soltos enquanto experimentas roupa. Põe-os sempre num cabide ou num local visível.

Se um alarme dispara, não te isoles com o segurança; pede que outro funcionário ou cliente fique presente como testemunha.

Fotografa (com o telemóvel) o recibo da compra ou o código de barras da peça enquanto a experimentas. É prova de posse.

Evita ir sozinho a zonas menos movimentadas da loja à hora de fechar.

Como consumidor, exiges profissionalismo: se algo te acontecer, pede a gravação, o registo do incidente e um contacto da loja para futuras queixas.

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Catarina Couto
Catarina Couto
Apaixonada por tecnologia desde que usou o primeiro Nokia com ecrã monocromático, começou a escrever sobre gadgets ainda nos tempos da faculdade. Cresceu entre fóruns, blogs e lançamentos de telemóveis e nunca mais largou o mundo digital. Adora testar novos dispositivos, descobrir truques escondidos nos smartphones e simplificar a tecnologia para quem a usa no dia a dia.

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