Tantas câmaras nos smartphones é apenas para show-off?

Já ninguém estranha ver três, quatro ou até cinco câmaras na parte de trás de um smartphone. Mas será que tudo isto faz mesmo sentido ou é só truque de marketing? A verdade é que essas câmaras extra estão lá por uma razão. Mas será que eram mesmo preciso tantas câmaras nos smartphones?

Tantas câmaras nos smartphones é apenas para show-off?

Se tem um iPhone 16 Pro, um Galaxy S25 ou um Pixel 7 Pro, há um “exército” de sensores a trabalhar nos bastidores para garantir que cada clique rende a melhor imagem possível.

Afinal, para que servem tantas câmaras?

Lembra-se das câmaras fotográficas profissionais? Nelas, os fotógrafos trocam de lente consoante o que querem captar: um retrato com fundo desfocado, uma paisagem ampla, ou um objeto distante com zoom.

Nos smartphones, como não se pode trocar de lente, a solução foi colocar várias. Cada uma com a sua especialidade:

  • Câmara principal (grande angular): a mais potente e usada para a maioria das fotos.
  • Ultra grande angular: capta muito mais no enquadramento. Torna-se ideal para paisagens e fotos de grupo.
  • Teleobjetiva (telephoto): permite fazer zoom sem perder qualidade, captando objetos distantes com nitidez.

Em modelos mais avançados, existe ainda uma quarta câmara periscópica, que funciona como um mini telescópio, com zoom ótico de longo alcance.

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É aqui que entra a magia: fotografia computacional

Ter várias câmaras é só metade da equação. O verdadeiro segredo das boas fotos está no processamento de imagem aquilo que o seu smartphone faz em milésimos de segundo depois de tirar a foto.

Quando tira uma fotografia no modo retrato, por exemplo, o telemóvel combina imagens de várias câmaras, calcula a profundidade e aplica efeitos de fundo desfocado para obter aquele look profissional. Mesmo que só clique uma vez, há várias imagens a serem captadas e fundidas em simultâneo.

E mais: alguns smartphones usam sensores monocromáticos (preto e branco) para captar detalhes e contraste, e combinam-nos com os dados de cor das outras lentes. O resultado? Imagens mais nítidas, detalhadas e com cores mais naturais.

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Então, mais câmaras significa melhor qualidade?

Nem sempre. Um smartphone com quatro câmaras pode ser inferior a outro com apenas duas, dependendo de como gere o processamento de imagem. É por isso que dois telemóveis com câmaras semelhantes podem produzir resultados visuais muito diferentes.

Cada fabricante tem o seu “segredo” de processamento, e isso influencia o estilo final da imagem: mais cor, mais contraste, menos ruído ou mais nitidez.

Conclusão: não julgue uma câmara só pelos megapixéis

A próxima vez que vir um telemóvel cheio de lentes na traseira, lembre-se: há muito mais do que parece à vista. A combinação entre hardware (as câmaras) e software (o processamento de imagem) é o que realmente transforma o seu smartphone numa máquina de fotografia de bolso.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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