Se achavas que o mercado de streaming em Portugal estava decidido, pensa outra vez. A atualização da JustWatch para o T3 de 2025 mostra um tabuleiro a mexer, pouco a pouco, mas de forma consistente onde a Netflix continua na frente, enquanto Disney+, Max (HBO Max) e Apple TV+ ganham terreno e encurtam distâncias. E há um empate histórico: Disney+ iguala a Prime Video pela primeira vez em quota de mercado.
Streaming em Portugal: Netflix tem a concorrência muito perto
• Netflix 23%
• Prime Video 19%
• Disney+ 19%
• Max/HBO Max 13%
• Apple TV+ 10%
• SkyShowtime 9%
• Filmin 2%
• Outros 5%
O que mudou (e porquê interessa)
1) Netflix perde “almofada”
A Netflix desce para 23% e volta a tocar no tema que a persegue há um ano: menos 2 pontos no trimestre e menos 2 em termos anuais. Não é um tombo dramático. Trata-se de um desgaste persistente. Em mercados maduros, é assim que as lideranças se perdem: um ponto aqui, outro acolá.
2) Empate de titãs: Disney+ = Prime Video
A Prime Video segura os 19%, mas o destaque vai para a Disney+, que sobe 2 pontos e igual a Prime. É simbólico e estratégico: com catálogos família-first e franquias eternas, a Disney+ está a converter lares inteiros, sobretudo quando há crianças (e nostalgia…).
3) Max (HBO Max) faz a “subida silenciosa”
Max avança para 13% (+1 pp no trimestre; +2 pp YoY). Sem foguetes, mas com estreias regulares “premium”, a plataforma consolida a ideia de “aqui há séries de conversa de café”.
4) Apple TV+ vira “case study”
Apple TV+ chega aos 10%. É a plataforma com a maior densidade de originais de prestígio por subscritor. Menos catálogo, mais qualidade, boca-a-boca e uma estratégia de lançamentos que dá conversa (e prêmios).
5) SkyShowtime fica nos 9%, Filmin segura o seu 2%
A SkyShowtime estabiliza nos 9% (com +1 pp YoY). Já a Filmin mantém o nicho cinéfilo nos 2% e isso é uma força: clareza de posicionamento.
Entretanto Portugal está mais “streamer” do que nunca: 42,2% dos residentes já assinam pelo menos uma plataforma, um máximo histórico apurado em 2024 e que continuou a crescer no arranque de 2025. Esta base alargada de assinantes ajuda a explicar o reforço das plataformas intermédias com mais gente a experimentar, mais fácil é dividir o bolo.
Quem pode ter o melhor final de ano?
Disney+: Está a capitalizar o catálogo “família + franquias” e eventos (estreias sazonais, janelas bem geridas).
Max: Grande série nova = um pico. E têm mantido o calendário quente.
Apple TV+: A taxa de conversa por título é altíssima; cada estreia relevante puxa subscrições temporárias (e muitas ficam).
Prime Video: Sem descidas trimestrais, mas precisa de “acontecimentos” para estancar a queda anual.
Netflix: Continua no topo mas o efeito-hábito já não chega: sem “must-watch” regulares, a erosão continua.
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