Este sinal no multibanco pode indicar que a máquina está viciada

Em Portugal, o multibanco é quase uma extensão do dia a dia. Pagamos contas, levantamos dinheiro, fazemos transferências, carregamos telemóveis… Mas sabias que algumas máquinas podem estar “viciadas” por criminosos para roubar dados e dinheiro? Existe um detalhe que pode denunciar se a caixa multibanco foi adulterada e a maioria das pessoas nunca repara. Ignorar este sinal no multibanco pode sair caro.

Como funcionam as fraudes em multibancos?

Os criminosos usam técnicas de skimming e adulteração física para copiar dados dos cartões e capturar códigos PIN.

Entre as mais comuns estão:

Leitores falsos de cartões quando um dispositivo colocado na ranhura do cartão copia a informação magnética.

Câmaras ocultas. Assim trata-se de pequenas câmaras disfarçadas em molduras ou folhetos captam o momento em que digitas o PIN.

Teclados falsos. Colocados sobre o teclado original, registam os números que inseres.

inserir o cartão no multibanco

O sinal no multibanco a que deves estar atento

O maior alerta é quando a ranhura do cartão ou o teclado parecem salientes, soltos ou diferentes do normal.

Exemplos:

  • Uma moldura de plástico que se mexe ao toque.
  • Um teclado que parece mais “alto” do que o habitual.
  • Pequenos adesivos ou peças coladas na zona do cartão.

Estes são sinais de que a máquina pode estar adulterada.

Técnicas mais recentes em Portugal

Dispositivos de deep insert skimming: em vez de estar fora, o leitor falso é colocado dentro da ranhura. Entretanto é quase invisível, mas notas porque o cartão entra com mais dificuldade.

Skimmers Bluetooth: transmitem os dados roubados em tempo real para criminosos próximos.

Overlay completo: estrutura falsa colocada sobre o multibanco, dando a ilusão de ser original.

Casos reportados em Portugal

A PSP e a GNR já alertaram para esquemas em Lisboa, Porto e Algarve. Em muitos casos, as vítimas só perceberam que tinham sido enganadas dias depois, quando verificaram movimentos estranhos na conta.

Estes grupos atuam rápido: instalam o equipamento num multibanco durante algumas horas e retiram-no antes que seja detetado.

Como te proteger

Observa sempre a máquina. Assim se a ranhura ou teclado parecem diferentes, usa outro multibanco.

Tapa o teclado ao digitar o PIN. Mesmo que haja câmara oculta, não conseguirão filmar os números.

Puxa ligeiramente a entrada do cartão. Se estiver solta ou estranha, pode ser falsa.

Desconfia de máquinas isoladas. Prefere multibancos em bancos ou locais movimentados.

Ativa alertas no banco. Receber SMS de movimentos pode ajudar a detetar fraudes cedo.

O impacto destas fraudes

Segundo a Europol, o skimming em caixas automáticas movimenta centenas de milhões de euros por ano na Europa. Em Portugal, os números oficiais são mais baixos, mas crescentes. Só em 2024, registaram-se dezenas de casos em Lisboa e Algarve ligados a grupos internacionais especializados.

Entretanto um simples detalhe numa máquina multibanco pode indicar que está adulterada. Assim ranhuras soltas, teclados estranhos ou dificuldade em inserir o cartão devem-se ver como alertas imediatos.

A regra é simples: se algo parece fora do normal, não uses essa máquina. E lembra-te: tapar sempre o teclado continua a ser uma das defesas mais eficazes contra estas fraudes.

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Catarina Couto
Catarina Couto
Apaixonada por tecnologia desde que usou o primeiro Nokia com ecrã monocromático, começou a escrever sobre gadgets ainda nos tempos da faculdade. Cresceu entre fóruns, blogs e lançamentos de telemóveis e nunca mais largou o mundo digital. Adora testar novos dispositivos, descobrir truques escondidos nos smartphones e simplificar a tecnologia para quem a usa no dia a dia.

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