Há alguns meses atrás, tivemos uma tendência muito interessante no mercado de “prometer” anos e anos de atualizações de software, naquilo que seria uma jogada pronta a conquistar o coração e alma dos consumidores.
Foi a Google, a Xiaomi, e claro, tivemos também grandes promessas daquela que é a fabricante que (ainda) dominado o ecossistema Android… A gigante Sul-Coreana Samsung.
Algo que, de facto, apesar de ser muito bem-vindo no ecossistema Android, não seria nada de outro mundo. Afinal de contas, quer goste ou não goste da Apple, já há fabricantes a fazer exatamente isso há várias gerações, basta olhar para o iPhone.
Mas… Há quem já esteja a falhar redondamente nas suas promessas. Bem, talvez falhar seja exagerado! A Samsung prometeu 7 anos de atualizações, porém, nunca prometeu que essas atualizações chegariam a tempo de ser realmente eficazes no seu objetivo.
Samsung prometeu 7 anos de atualizações. Mas… É isto?
Portanto, quando a Samsung anunciou, com pompa e circunstância, que os seus novos Galaxy S24 teriam 7 anos de atualizações de software, muitos aplaudiram. Afinal, num mundo em que a durabilidade dos smartphones é cada vez mais valorizada (até por questões ambientais), garantir tanto tempo de suporte parecia uma jogada lógica, e talvez até de mestre. Mas, como em tudo na vida… uma coisa é prometer, outra é cumprir.
Aliás, basta olhar para os últimos meses para perceber que a Samsung está falhar nas suas promessas. Falhas que infelizmente são muito significativas, e por isso mesmo desapontantes.
É que a Samsung já foi uma das melhores fabricantes Android no lado das atualizações. Mas, tudo indica que começa a perder o seu direito a este trono.
Sete anos… mas para quem, mesmo?
O compromisso dos 7 anos foi aplicado aos Galaxy S24, mas a expectativa gerada à volta da promessa fez muitos utilizadores acreditarem que o suporte seria melhorado também noutros modelos, especialmente nos topos de gama lançados em anos anteriores. Não seriam os mesmos 7 anos, mas seria mais rápido e mais fácil receber uma atualização em um qualquer smartphone de topo da Samsung. Era lógico.
Vários modelos lançados em 2022 e 2023 estão a ficar para trás, com atualizações a chegarem tarde, ou em alguns casos, a nem sequer darem sinais de vida. Estamos a falar de dispositivos como os Galaxy S22, S21 FE, e até alguns modelos da linha A que, em teoria, deviam estar no centro do compromisso da marca com a longevidade.
Atualizações? Só para quem comprou ontem!
A impressão que fica é simples: se compraste um Galaxy nos últimos seis meses, estás safo. Caso contrário, vais andar a ver os outros a receber as novidades primeiro.
- Nota: A Samsung anda a cumprir no lado das atualizações de segurança. Mas todos nós sabemos que os 7 anos apontavam a atualizações a sério, e não a estas.
Porquê?
É certo que manter uma vasta gama de equipamentos atualizados não é fácil. Sendo exatamente por isso que vários fãs da Samsung começam a afirmar que as pessoas estão a ser “picuinhas”. Mas, a realidade é que a Samsung não é uma marca qualquer. É líder global no mercado Android e tem uma infraestrutura que lhe devia permitir cumprir aquilo que promete.
Um Samsung de topo não é barato, e como tal, quando existem promessas, estas têm de ser cumpridas.
O que começa a transparecer é que os 7 anos podem ser mais marketing do que compromisso real.
A Google, por exemplo, com os seus Pixel, tem conseguido manter um ritmo mais estável e consistente, mesmo com menos recursos e uma base instalada muito menor. E isso, como já mencionámos na Leak.pt, começa a fazer mossa à imagem da Samsung no mercado global.
Uma coisa é certa… O consumidor não é parvo, e vai notar se porventura não receber atualizações de software. Se calhar, quando voltar a trocar de telemóvel, a escolha vai ser outra.