Samsung levou os monitores da China para o Vietnam

Nos últimos anos, as empresas mudaram algumas das suas fábricas que estavam localizadas na China para países alternativos. O objetivo passa pela expansão da cadeia de produção. Isto para que em tempos de dificuldades como os criados por esta pandemia não haja grande escassez. A Samsung é um dos fabricantes que mais tem andado a tirar fábricas da China e agora colocou a fábrica de monitores no Vietnam.

Samsung levou os monitores da China para o Vietnam

Esta informação foi revelada através de um comunicado de imprensa. Nele pode ler-se que os monitores vão passar agora a ser produzidos no complexo Samsung HCMC CE (SEHC).

Atualmente, a Samsung é o maior investidor estrangeiro no Vietnam, totalizando 17 mil milhões de dólares em investimentos. A mudança da fábrica de monitores de PC fará deste país o maior fornecedor de monitores Samsung do mundo.

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De acordo com o jornal estatal Tuoi Tre, “a Samsung vê o Vietnam como uma importante porta de entrada para outros países do Sudeste Asiático e algo fundamental na cadeia de distribuição global”.

A Samsung liderou o segmento de monitores vietnamita de 24 polegadas no primeiro trimestre de 2020, com uma participação de mercado de 34% conforme a IDC. À medida que a procura por monitores com tamanho de ecrã maior aumenta, esta região vai beneficiar com a obtenção dos ecrãs mais recentes com fabrico local e um preço muito mais baixo.

A vez dos monitores chega depois dos smartphones.

Estávamos em Outubro de 2019 quando a Samsung fechou a última fábrica de telemóveis na China.  A “decisão difícil” foi tomada numa tentativa de aumentar a eficiência na China, pois a área de negócio de smartphones não apresentou sinais de crescimento.

A Samsung realocou todos os equipamentos de produção para outros locais de fabrico globais, dependendo da estratégia de produção com base nas necessidades do mercado. O Vietnam também beneficiou com isto.

S20 Ultra

No caso dos smartphones, a mudança deveu-se às fracas vendas no mercado chinês. No auge em 2013, a Samsung detinha 20% do mercado chinês de smartphones. Era sem dúvida um valor muito bom. No entanto, à medida que rivais locais e com preços mais baixos, como a Xiaomi, Huawei e Oppo começaram a surgir, as coisas pioraram.

Em 2016, a Samsung detinha apenas 4,9% do mercado local e as coisas pioraram ainda mais no ano seguinte, quando esse número caiu para 2,1%. Durante a maior parte de 2018, a Samsung lutou para manter uma participação de mercado de 1%. De facto, até teve direito a um pequeno aumento no início de 2019. É que graças a um lançamento bem-sucedido do Galaxy S10, a participação da Samsung passou para 1,1%. Ainda assim, durante os três meses seguintes caiu para apenas 0,7% conforme as vendas caíram para 700.000 unidades.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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