Ontem foi dia de dar as boas vindas ao S25 Edge, ou seja, o primeiro smartphone ultra-fino do mercado. Um aparelho que é interessante, e que de facto desafia as regras que regem este mercado. Mas… É também um aparelho que se sente cansado, porque a Samsung parece ter falhado em vários aspetos críticos daquilo que é um lançamento global a sério.
Mas, isto não é bem uma “coisa” que aconteceu apenas agora.
Não é o S25 Edge que está cansado. É mesmo a Samsung!
Sim, a Samsung continua a dominar as vendas Android em vários mercados, incluindo Portugal. Porém, quem acompanha o mundo da tecnologia já começou a perceber: a marca parece… Diferente, parece distante do consumidor, e parece também estar sempre a fazer o mesmo.
Não é difícil apontar exemplos claros disso mesmo. Tivemos os dobráveis do ano passado, os Galaxy S25 do início do ano, e agora temos Galaxy S25 Edge, anunciado de forma discreta e algo envergonhada. Parece o reflexo mais evidente de uma empresa que perdeu o ímpeto, e por vezes até a vontade.
S25 Edge: um smartphone que já nasceu velho?
Como já dissemos várias vezes, com meses de rumores, teasers e fugas de informação, o S25 Edge chegou ao mercado como um produto que deixou de ser novidade. Se tivesse chegado em Janeiro, Fevereiro, ou no máximo Março… Seria interessante. Afinal, é um telemóvel ultrafino, algo que já não se vê no mercado há muitos e longos anos.
Mas, agora chega muito em cima do iPhone 17 Air que promete ser ainda mais fino, e depois temos outra questão, que é o “custo”. Ou seja, para cortar milímetros, a Samsung sacrificou bateria, funcionalidades e até o equilíbrio do próprio equipamento.
Estamos a falar de um smartphone com 3.900 mAh de bateria, sem lente telefoto, sem S-Pen, e com o mesmo sensor de 200MP que já vimos noutros modelos. Nada disto é novo. Nada disto entusiasma. Além disso, é preciso ter em conta que o nível de performance nunca vai ser o mesmo, porque vai aquecer, e isso pode até influenciar a durabilidade do smartphone.
São muitos “se” para um aparelho de 1299€.
Samsung a perder o fôlego?
A verdade é que, nos últimos anos, a Samsung tem andado num ciclo de “mais do mesmo” nos seus lançamentos. A cada geração, há um novo Ultra, um novo Plus, um novo FE… mas quase sempre com melhorias marginais e preços cada vez mais altos.
Parece que o foco deixou de ser surpreender o consumidor, e passou a ser apenas manter a máquina de vendas a funcionar.
O que precisa de mudar?
A Samsung continua a ter peso, marketing e reputação. Mas isso não chega para manter a liderança por muito mais tempo. É preciso voltar a arriscar. É preciso voltar a entusiasmar. Não acha?
É que como as coisas estão, vamos voltar a ver dobráveis muito parecidos ao ano passado, com preços superiores, seguidos de uma gama Galaxy S26 também ela quase igual, e claro, mais cara.