O mercado mudou, é cada vez mais complicado manter margens altas, e como tal, a Samsung pode estar prestes a fazer algo impensável há alguns uns anos atrás. Ou seja, recorrer a fornecedores chineses para fabricar parte dos seus ecrãs OLED.
A ideia aqui é muito simples. Cortar na despesa sem comprometer demasiado a qualidade do produto final. Porém, é inegavelmente estranho, pois ao longo de todos estes anos, a Samsung sempre apostou em parceiros coreanos, japoneses e americanos.
O jogo mudou mesmo.
O problema chama-se “tudo aumentou”, e os 2nm ainda nem chegaram
Portanto, com a chegada dos novos processadores baseados no processo de 2nm, como é o exemplo do Exynos 2600, os custos de produção vão disparar.
Claro que o facto de o processo da Samsung ainda continuar ineficiente não ajuda à festa, visto que a gigante Sul-Coreana já começou a produção em massa, e como yields abaixo dos 50%, cada wafer é um autêntico balúrdio.
Assim, se o objetivo é meter este chip nos futuros Galaxy S26, então a conta final por unidade pode ficar demasiado alta, mesmo para um flagship. É aqui que entram os materiais chineses.
Ecrãs OLED mais baratos! Mas com um preço escondido?
A aposta em materiais vindos da China permitiria baixar os custos dos painéis OLED, mantendo a Samsung competitiva frente a marcas como a Xiaomi, Oppo, Honor ou Vivo, que não têm medo de arriscar no hardware.
Segundo a imprensa sul-coreana, a empresa está a considerar seriamente esta hipótese para a próxima geração S26.
Mas há um risco gigante: para fazer negócio, a Samsung teria de partilhar parte da sua propriedade intelectual. Isto levanta sérias preocupações sobre roubo de tecnologia ou cópias futuras, especialmente porque estamos a falar dos melhores ecrãs mobile do mundo. Se há área onde a Samsung domina, é nesta.
E a Apple no meio disto tudo?
Lembrando que a Apple também usa ecrãs da Samsung para o iPhone e iPad, qualquer decisão destas pode ter impacto em mais marcas. Ainda não se sabe se Cupertino vai aceitar ecrãs com materiais “made in China”, mas o possível corte nos custos pode fazer a tentação falar mais alto.
Por enquanto, não há confirmação oficial, mas se tudo isto se confirmar, o Galaxy S26 pode chegar com um display OLED mais barato de produzir… embora o preço final para o consumidor ainda esteja por ver.
Aliás, não acredito que os preços para “nós” baixam. A ideia aqui passa por aumentar margens, e se possível, não aumentar preços para os consumidores, porque 1500€ por um topo de gama já roça o absurdo.