A verdade que ninguém te diz. Tens 1 Gbps em casa… e um Wi-Fi que parece de 2009. Quase sempre, o crime começa na posição do router. Não é magia, é física: antenas, reflexão, atenuação e… maus hábitos. Eis as 7 posições que matam o sinal do router da operadora e a única que salva a tua rede.

Router da operadora: as 7 posições que matam o sinal

Atrás da TV ou dentro do móvel da sala. O problema: Metal, cabos e painéis de madeira densa criam um “escudo” que engole o sinal. O router ali fica bonito, mas cego e o sinal não consegue sair.

No chão ou encostado a rodapés. O problema: Os routers irradiam em formato de “donut” horizontal. Assim, no chão, metade do sinal mais útil vai diretamente para o cimento e para a estrutura do edifício, onde é absorvido.

Ao lado do micro-ondas, colunas Bluetooth e hubs USB. O problema: Estes aparelhos geram interferências eletromagnéticas e ruído RF. O micro-ondas, em particular, usa a mesma frequência (2.4 GHz) e pode derreter a tua rede quando está em funcionamento.

Encostado à janela. O problema: O sinal não é refletido, é irradiado. Se estiveres junto à janela, grande parte do teu Wi-Fi está a ser desperdiçado na rua, e não no teu quarto. Além disso, vais apanhar mais redes vizinhas a “gritarem” no mesmo canal.

No canto do T3 comprido. O problema: Colocas o router na extremidade da casa e esperas milagres na outra ponta? O sinal é forçado a atravessar o número máximo de paredes e morre lentamente nos corredores.

No teto sem necessidade. O problema: Embora a altura seja boa, se o router estiver demasiado alto, pode criar zonas de sombra ao nível do smartphone ou laptop, especialmente em andares com lajes densas ou onde o padrão de irradiação não se otimiza.

Entre plantas, livros e decorações. O problema: Parece absurdo, mas a humidade (nas plantas) e a densidade (em pilhas de livros e vidro de aquários) bloqueiam o sinal. As tuas “selvas” e coleções Instagram-friendly comem decibéis (dB) de Wi-Fi.

A única colocação que resulta (9/10 casas)

Entretanto para a grande maioria das habitações, a solução é simples e baseada na física das ondas de rádio:

Centro da casa: Deve estar o mais central possível, minimizando o número de paredes entre o router e os teus dispositivos.

Altura ideal: Coloca-o numa prateleira aberta, a uma altura de 1,2m a 1,5m do chão.

Ambiente limpo: Mantém-no longe de metal e eletrónica ruidosa (TVs, colunas).

Antenas: Se tiver antenas externas, coloca-as verticais para um padrão de radiação horizontal mais eficiente.

Resultado? Menos paredes no caminho, padrão de radiação mais útil e menos ruído. Aumenta o alcance e a estabilidade da tua rede.

E se a casa for grande?

A maldição do T3 comprido ou das casas com mais de um piso exige mais investimento, mas compensa:

Maldição do T3 comprido: Assim a melhor solução é usar um sistema Mesh de 2 ou 3 nós, espalhando-os de forma estratégica. Se possível, liga os nós Mesh por cabo Ethernet (backhaul por cabo) para velocidades máximas.

Sótãos e caves: Coloca um nó Mesh ou um ponto de acesso (AP) dedicado em cada piso.

Cabo é rei: Entretanto se tens o ONT (terminador de rede ótica) separado do router, puxa um cabo Ethernet até ao centro da casa e liga aí um bom router/AP para maximizar o sinal.

Checklist em 60 segundos

Entretanto faz estes ajustes hoje e vê a diferença:

• Sobe o router para uma prateleira aberta.
• Afasta-o 1 metro de TVs, colunas e micro-ondas.
• Confirma que a banda 5 GHz está ativa e que tens SSID únicos para 2.4 GHz e 5 GHz (ex: “MinhaRede-2.4” e “MinhaRede-5G”).
• Muda para um canal limpo (usa apps como o Wi-Fi Analyzer para ver qual o canal menos usado pelos vizinhos).
• Mede a cobertura com o telemóvel onde costuma falhar e ajusta a posição final.

Tudo isto deve melhorar o sinal e a velocidade do router da operadora.