Quanta RAM é que um smartphone precisa mesmo?

Hoje tens smartphones topo de gama com valores absurdos de RAM. Afinal de contas, já existiram smartphones de topo dentro do ecossistema Android com 24GB de memória. Porém, também existem muitos topos de gama que optam pelos 12GB, em vez de ir para os mais aceitáveis 16GB.

Um bom exemplo está no iPhone 17 Pro, e de facto, também no Galaxy S25 Ultra, ambos a começar nos 12GB. (O S25 Ultra pode ir aos 16GB, mas o iPhone não passa dos 12GB).

Mas afinal… quanto é que um telemóvel realmente precisa para funcionar como deve ser?

Quanta RAM é que um smartphone precisa mesmo?

A RAM é essencial para manter apps abertas, garantir fluidez e permitir multitarefa. Ou seja, quanto mais RAM, mais espaço tens para aplicações, jogos e ferramentas de IA. Mas há um ponto de equilíbrio que evita exageros e, ao mesmo tempo, evita telemóveis que engasgam por tudo e por nada.

O ponto certo para 2025? Entre 8 e 12 GB

A maioria dos smartphones modernos funciona melhor com 8 a 12 GB de RAM. É o valor onde o sistema tem espaço suficiente para apps em segundo plano, widgets, processos de IA e tudo o resto sem recorrer demasiado à swap.

Abaixo de 8 GB, começa a notar-se lentidão. Apps demoram mais a abrir, a parte da multitarefa sofre e aparece aquele comportamento irritante de o sistema fechar aplicações quando mudas de uma para outra. Isto acontece porque Android e iOS usam toda a RAM disponível e vão gerindo conforme precisam.

Aliás, hoje em dia, em casos como o do Pixel 10, há ainda RAM reservada para ferramentas de IA, o que reduz o que realmente tens disponível no dia a dia.

Porque é que menos RAM dá problemas? Culpa do swap.

Quando a RAM acaba, o sistema usa uma solução chamada swap space. Basicamente, o telemóvel transforma parte do armazenamento interno numa RAM virtual. Funciona, mas é lenta. A compressão e descompressão de dados leva tempo, mesmo com armazenamento UFS rápido.

Resultado? Arrastamento, apps a reiniciar e quedas de desempenho.

Com 4 ou 6 GB de RAM, isto acontece com muito mais frequência. O sistema passa metade do tempo a trocar dados entre RAM e armazenamento, o que causa engasgos constantes.

É por isso que, mesmo nas gamas mais baixas, evita baixar dos 8GB. É um erro.

E no futuro? Pode mudar tudo.

Já se fala em RAM milhares de vezes mais rápida do que a atual. Se isso chegar ao mercado, o funcionamento da memória nos smartphones pode mudar completamente. Até lá, a regra mantém-se: mais RAM significa menos swap, menos esperas e mais fluidez.

Conclusão

A RAM não é tudo num smartphone, mas quando falta… notas logo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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