As fabricantes bem tentam! Especialmente nestes últimos anos em que a inovação tem estado aquém. Ou seja, todos os anos surgem novas cores e acabamentos para animar o mercado, desde o Titanium Orange da Apple até aos tons pastel da Samsung e da Xiaomi.
Mas em Portugal, a realidade é outra… Segundo várias marcas e retalhistas nacionais, os portugueses continuam a escolher quase sempre o mesmo: preto, cinza ou, no máximo, azul escuro.
Na verdade nem são os Portugueses, mas sim as lojas que levam o produto para as prateleiras. Porque… Acham que os Portugueses gostam de jogar pelo seguro.
A cor vende! Mas não cá?
Nos últimos anos, os fabricantes têm investido em versões vibrantes para destacar os seus topos de gama.
Por exemplo, como dissemos em cima, a Apple apostou num laranja intenso para o iPhone 17 Pro, e no caso da Motorola, até existe uma parceria com a Pantone.
No entanto, quem olha para as prateleiras das lojas portuguesas percebe rapidamente o que sai mais rápido: os modelos clássicos e discretos.
Um representante de uma grande marca revelou à Leak.pt que, apesar das cores diferentes chamarem a atenção nas campanhas, os retalhistas pedem sempre mais unidades das versões neutras, porque estas são as únicas que garantem escoamento rápido.
“O consumidor português prefere jogar pelo seguro”, admitiu.
O medo de arriscar (e de não revender)
Sabe porquê? Os portugueses compram o smartphone a pensar na revenda.
Quando chega o momento de trocar, um equipamento preto ou cinzento é sempre mais fácil de vender em segunda mão. Um modelo cor-de-rosa ou verde pode ser mais bonito, mas é também mais “difícil de despachar”.
Isto é algo que é de facto real, e passou pela minha cabeça quando comprei o iPhone 17 Pro Laranja. Foi giro no momento, e fica bem nas fotos. Mas, para o ano, quando quiser dar o salto… Vou passar dificuldades.
Outro fator é o hábito de usar capas. A maioria dos consumidores mete logo uma capa opaca, muitas vezes preta, escondendo completamente a cor original do telefone. O resultado? A diferença entre ter um smartphone vermelho ou cinzento torna-se irrelevante.
Em Portugal? O smartphone é uma ferramenta! Nos outros lados? É diferente.
Em Espanha há mais liberdade para cores diferentes, e nos mercados Asiáticos é outra realidade.
A cor pode ser parte da identidade pessoal.
O smartphone é uma extensão da personalidade, e as pessoas querem mostrar isso. Por cá, o telemóvel ainda é visto como uma ferramenta de trabalho ou um objeto utilitário. E, como qualquer ferramenta, o importante é que funcione bem, não que chame a atenção.
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