Domingo, Julho 20, 2025

Padrinho da IA subiu ao palco: futuro brilhante… mas assustador!

A Leak.pt está em Berlim, na GITEX 2025, e como é óbvio, fomos assistir à entrevista a Geoffrey Hinton, conhecido como o “padrinho da inteligência artificial”.

Para quem não conhece, estamos a falar de Geoffrey Everest Hinton, cientista britânico-canadiano que revolucionou o mundo com o seu trabalho em redes neuronais artificiais. É uma figura incontornável no universo da IA, e por isso, quando fala, o mundo tem de escuta. Isto inclui você.

Qual é a mensagem? Bem, a IA vai transformar tudo. Porém, nem tudo vai ser bonito.

Na saúde, a revolução começa dentro de 5 a 10 anos!

o padrinho da ia subiu ao palco e deixou avisos: o futuro vai ser brilhante… mas também assustador

Hinton foi claro: dentro de uma década, a inteligência artificial vai ser capaz de acelerar diagnósticos, torná-los mais completos e muito mais fiáveis. Para teres uma ideia, um médico humano acerta em média 40% dos diagnósticos. A IA já chegou aos 50%. E está a melhorar.

Com o tempo, tudo isto significa exames mais rápidos, medicamentos mais bem desenhados, menos efeitos secundários e decisões clínicas muito mais bem fundamentadas.

Mas há um problema! O que acontece a quem hoje faz esses exames? Radiologistas, por exemplo. Infelizmente, muito provavelmente porque sabe o que vai acontecer, Hinton fugiu à pergunta direta sobre os empregos, apenas dizendo que “essas pessoas vão fazer outras coisas”.

Na educação, a IA vai ensinar melhor do que qualquer professor!

Sim, leste bem.

O investigador acredita que a IA vai identificar os melhores métodos de ensino para cada aluno, adaptando-se à sua idade, localização e capacidades. Vai também orientar essas crianças para os caminhos profissionais que melhor se ajustam ao seu perfil. O sistema ideal, personalizado e automatizado. Muito diferente do atual, em que todos são ensinados e avaliados da mesma forma.

E os robôs? Vão fazer o nosso trabalho, 24/7

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Robótica inteligente, alimentada por IA, será capaz de substituir humanos em tarefas como construção, logística e até cirurgias. A diferença? Trabalham o dia inteiro, sem pausas, com mais força, mais precisão e menos erros.

Mas e depois… o que sobra para nós?

Hinton tocou num ponto delicado. A AGI, a inteligência artificial geral, que ele também chamou de Super Inteligência. Um sistema tão avançado que já nem precisa de humanos para evoluir. É aqui que começa a parte mais preocupante.

Será que conseguimos controlar algo assim? Será que esses sistemas terão os mesmos interesses que nós? A história mostra que criaturas menos inteligentes podem, por vezes, controlar outras mais inteligentes. Mas não deixa de ser um cenário estranho e desconfortável.

E os empregos? E a dignidade humana?

Substituir humanos por máquinas em massa levanta questões sérias. Hinton falou na possibilidade de um rendimento básico universal. Mas alertou: isso pode resolver a questão financeira, mas não resolve a dignidade, nem o sentido de propósito das pessoas.

Aliás, não há como uma economia sobreviver, quando o dinheiro aparece… Do nada. Isso derrota o próprio conceito do dinheiro.

Ou seja, vamos ter uma sociedade mais eficiente, mais produtiva e com sistemas ultra-avançados. Mas também corremos o risco de ter milhões de pessoas sem função, sem rendimento e sem rumo.

E agora?

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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