Sabias que já houve uma altura em que os selos eram a tecnologia mais revolucionária do planeta? No século XIX, quando surgiram, eram o equivalente ao que a internet é hoje: abriram a comunicação para todos, democratizaram o envio de cartas e mudaram a forma como as pessoas se ligavam entre si. Agora, em pleno 2025, querem repetir a façanha mas com uma roupagem totalmente digital. Mas no que consiste o novo selo dos CTT?
Um selo com Poseidon e… blockchain
A partir de 18 de setembro, chega às lojas e ao site oficial dos CTT o novo Crypto Stamp português. À primeira vista é um selo normal, mas na verdade é um híbrido: físico, colecionável e registado em blockchain para garantir autenticidade.
E a figura escolhida para o protagonizar é Poseidon, deus grego dos mares, das tempestades e… dos cavalos. Pode parecer estranho, mas faz sentido: durante séculos foram os cavalos que carregaram a correspondência dos correios. Poseidon, ao mesmo tempo protetor do Atlântico e “criador dos cavalos”, acaba por simbolizar na perfeição a ligação entre a história dos CTT e o futuro digital.
Não é só Portugal, é uma liga mitológica europeia
Este selo faz parte da série internacional “Heróis da Mitologia”, criada em parceria com várias administrações postais:
- Áustria: Zeus e Hera
- Países Baixos: Hermes
- Luxemburgo: Artemis
- Bélgica: Athena
- Portugal: Poseidon
Ou seja, é quase como se a Europa tivesse criado um “Universo Cinematográfico da Marvel”, mas em versão filatelia digital.
Quanto custa e porque vai esgotar rápido
O Crypto Stamp português tem valor facial de 9,90 €, mas o que vai mesmo dar luta aos colecionadores é o bundle limitado com todos os selos da edição europeia: apenas 200 conjuntos disponíveis, por 75 €.
Se nos lembrarmos que alguns dos primeiros Crypto Stamps lançados pela Áustria em 2019 já valem centenas de euros em leilões online, é fácil perceber porque é que esta coleção vai desaparecer das prateleiras num instante.
Do cavalo ao blockchain: um salto histórico
Há aqui um contraste curioso que torna tudo mais interessante:
No século XIX, os cavalos eram a cloud dos CTT, levando mensagens de cidade em cidade.
Em 2025, a “nuvem” é literal: é a blockchain que valida o selo e o torna único no mundo digital.
De certa forma, este Crypto Stamp é também uma homenagem à forma como os CTT foram evoluindo com os tempos dos cavalos, ao comboio, à internet… e agora à cripto.
O novo selo dos CTT é uma ponte entre mundos
Este lançamento mostra que os CTT não querem que os selos fiquem arrumados no álbum da avó. A ideia é simples mas poderosa: juntar nostalgia e inovação.
É por isso que o selo com Poseidon pode atrair dois mundos que raramente se cruzam: os colecionadores tradicionais de filatelia e a nova geração que investe em cripto, NFTs e blockchain.
No fundo, os CTT estão a dizer ao mundo que a filatelia não morreu. Assim apenas ganhou superpoderes digitais.
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