Não compres um smartphone novo. Compra o do ano passado

Durante anos fomos educados a acreditar que trocar de smartphone todos os anos fazia sentido. Novo modelo, novo processador, nova câmara, mais qualquer coisa com “AI” no nome. O problema é… O estado atual do mercado.

Em alguns casos, vai compensar olhar para o modelo do ano passado, tanto no preço, como também no lado das especificações técnicas,

A evolução estagnou. Os preços não.

melhorar a velocidade da câmara do telemóvel Samsung, s23, s24, ultra, samsung

Vamos ser honestos. O salto entre gerações é cada vez menor. O smartphone de 2024 tira ótimas fotos, é rápido, tem um ecrã excelente, boa autonomia e vai continuar a receber atualizações durante vários anos. O de 2025 faz… praticamente o mesmo. Um pouco mais rápido nos benchmarks, talvez uma ou duas funções de software novas, e um preço claramente mais alto.

Pois bem, em 2026, o problema da crise da memória RAM está obrigar as fabricantes a cortar em muita coisa. Em alguns casos, pode nem compensar lançar um smartphone novo.

Aliás, já temos rumores a apontar para fabricantes prontas a cortar no armazenamento e na quantidade ou velocidade da memória RAM. No caso da Samsung, para poupar dinheiro, vai também existir uma reciclagem dos sensores que dão vida ao módulo de câmaras.

O hardware “antigo” ganha agora outro brilho!

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Sempre fez sentido olhar para o Galaxy S, iPhone, etc… Do ano passado. Mas, em 2026, pode fazer muito mais sentido, porque as fabricantes não podem aumentar preço, mas também não querem perder dinheiro.

Os preços podem ficar os mesmos, mas vamos pagar o mesmo, por menos. Algo estranho, e quase imperdoável.

Além disso, a realidade é que com a aposta em atualizações de firmware durante 5, 6 ou 7 anos, o smartphone do ano passado acaba por ganhar todas as novidades do mais recente grito da indústria.

Mais RAM e armazenamento? Esquece isso.

Aqui está um ponto crítico. O modelo novo entra caro e, muitas vezes, com configurações base pouco simpáticas. O do ano passado, pelo mesmo preço, ou preços significativamente mais baixos, já aparece com mais RAM e mais armazenamento.

Isto vai piorar e não é pouco. Ou seja, com a escassez de memória DRAM, já se fala em cortes de RAM em modelos futuros. Assim, comprar o modelo anterior pode significar ficar com 12 GB em vez de 8 GB, ou 256 GB em vez de 128 GB, pelo mesmo valor.

A longo prazo, isso faz muito mais diferença do que meia dúzia de funções de AI que ninguém usa ao fim de duas semanas.

O mercado de usados e recondicionados nunca foi tão interessante

Outro detalhe importante. Smartphones do ano passado aparecem em excelente estado no mercado de usados e recondicionados. Muitas vezes com garantia, bateria ainda em ótimo estado e preços bem mais simpáticos.

É aqui que o bom senso entra. Preferes um modelo novo, mais fraco, mais caro, ou um topo de gama recente, mais completo, por menos dinheiro?

Conclusão

Em suma, o smartphone novo já não compensa como antes. O ciclo anual perdeu sentido, mas os preços continuam a subir como se estivéssemos em 2018. Por isso, comprar o smartphone do ano passado pode ser a decisão mais equilibrada. Poupas dinheiro, evitas frustrações e tens praticamente a mesma experiência.

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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