“It really whips the llama’s ass!”. Se ouviste esta frase na tua cabeça, tiveste uma adolescência marcada pelo Winamp, pelos downloads demorados no eMule ou Kazaa e pelos leitores de MP3 a pilhas que levavam apenas 30 músicas. Hoje, vivemos no mundo do Spotify e da Apple Music. É prático, sem dúvida. Mas já paraste para pensar que já não és dono da tua música? Estás apenas a alugá-la. Assim se deixares de pagar a mensalidade, a música pára. Entretanto se a internet falhar, o silêncio reina. Mas e aqueles gigabytes de ficheiros que passaste anos a colecionar e organizar religiosamente em pastas? Onde estão as tuas músicas antigas? Está na hora de fazer uma “arqueologia digital”.
1. Onde estão as tuas músicas antigas?
Provavelmente tens um disco rígido externo numa gaveta, um portátil antigo no sótão ou uma pasta perdida num backup na nuvem chamada “Música”.
Desafiamo-te a ir à procura. Encontrar a tua biblioteca musical antiga é como abrir uma cápsula do tempo. Vais encontrar playlists que fizeste em 2008, álbuns raros que já nem te lembravas e remixes que nunca chegaram ao Spotify por questões de direitos de autor.
2. Porque é que o MP3 (e o FLAC) estão a voltar?
Pode parecer antiquado, mas há um movimento crescente a voltar aos ficheiros locais. Porquê?
Qualidade de Som: O streaming comprime o áudio para poupar dados. Se tiveres ficheiros antigos em alta qualidade (ou FLAC), eles vão soar muito melhor numas boas colunas do que a versão “streamada”.
Segurança: Artistas removem músicas das plataformas todos os dias (lembram-se da confusão com o Neil Young?). Os teus ficheiros são teus. Ninguém to tira.
Sem subscrições: Aquilo que já tens, é grátis para sempre.
3. Como ouvir isto em 2025? (O Winamp voltou?)
A boa notícia é que não precisas de usar um leitor antigo. O software evoluiu:
Plexamp: Imagina criares o teu próprio “Spotify”. Instalas o Plex no PC onde tens as músicas, e a app Plexamp no teu telemóvel transmite a tua própria biblioteca para onde quiseres. É lindo e moderno.
VLC: O “canivete suíço” dos vídeos também é um excelente leitor de música no telemóvel para ficheiros locais.
Winamp: Sim, acredites ou não, o Winamp ainda existe e lançou versões novas recentemente. Assim se quiseres a dose pura de nostalgia, o site ainda está de pé.
Entretanto não deixes a tua história musical morrer num disco rígido cheio de pó. Liga aquele disco antigo. Há uma sensação especial em ouvir um álbum que te pertence verdadeiramente, sem algoritmos a dizerem o que deves ouvir a seguir.
