Concertos, festas populares, festivais de música. O ambiente é descontraído, há gente por todo o lado e as carteiras abrem-se sem pensar muito. Para facilitar a vida aos participantes, muitas organizações colocam multibancos móveis, aquelas máquinas temporárias que aparecem em contentores, carrinhas ou até cabines improvisadas. À primeira vista, parecem práticas. Mas escondem um risco enorme que quase ninguém considera.
O que são multibancos móveis
Os multibancos móveis não pertencem a uma agência fixa. São instalados temporariamente para responder à procura em locais de grande afluência. Têm ligação à rede normal, mas a sua manutenção e segurança dependem do operador que os instala.
E é aqui que está o problema: máquinas temporárias, muitas vezes em ambientes caóticos e sem vigilância, são um alvo perfeito para burlões.
Porque são mais perigosos
Num banco tradicional, há câmaras, segurança e inspeções regulares. Num festival ou feira, a prioridade é a rapidez, não a proteção. Isso abre a porta a vários riscos:
- Instalação apressada: nem sempre há tempo para verificar a integridade da máquina.
- Localização isolada: muitas ficam em tendas pouco iluminadas ou áreas afastadas.
- Supervisão reduzida: sem vigilância constante, é mais fácil adulterar a máquina.
- Movimento intenso: o fluxo de pessoas torna difícil perceber comportamentos estranhos.
No fundo, é o cenário ideal para quem quer colocar dispositivos de clonagem sem ser notado.
O truque dos burlões em eventos
O esquema é quase sempre o mesmo:
- Dias antes do festival, instalam discretamente um skimmer na ranhura do cartão.
- Colocam uma câmara minúscula apontada ao teclado ou um teclado falso sobre o original.
- No meio da confusão, centenas de pessoas usam a máquina sem reparar em nada.
- Em poucas horas, os burlões recolhem dezenas ou centenas de cartões clonados.
Enquanto tu continuas a dançar no concerto, alguém do outro lado da cidade já pode estar a usar os teus dados para levantar dinheiro.
Como reconhecer riscos num multibanco móvel
É difícil, porque estes equipamentos já parecem “menos profissionais” de origem. Mas há sinais de alerta que podes observar:
Ranhura do cartão com encaixe pouco firme.
Teclado que parece diferente do habitual.
Autocolantes estranhos ou elementos colados sobre o painel.
Falta de iluminação adequada na zona da máquina.
Sons metálicos ou cliques anormais ao inserir o cartão.
Entretanto num ambiente ruidoso e cheio de movimento, a maioria das pessoas nem repara. Mas um olhar atento pode evitar uma burla.
O que fazer para te proteger em eventos
Prefere pagamentos digitais: usa MB Way, Apple Pay ou Google Pay quando possível.
Se precisares mesmo de dinheiro, procura um multibanco fixo: muitas vezes há caixas normais em estações de serviço, centros comerciais ou agências próximas.
Nunca digites o PIN sem cobrir o teclado com a mão.
Ativa alertas no banco: se alguém usar o teu cartão, recebes notificação imediata.
Lembra-te: os burlões escolhem eventos precisamente porque as pessoas estão distraídas.
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