Numa altura em que ainda se pensava que o padrão PCIe 6.0 estaria longe do mercado, eis que a Micron acaba de puxar o tapete à concorrência ao apresentar o primeiro SSD PCIe Gen 6 do mundo.
O modelo chama-se Micron 9650, é destinado a centros de dados e promete velocidades de leitura até 28 GB/s, além de 5,5 milhões de IOPS em leitura aleatória. Mas não vem sozinho! A marca também revelou o 6600 Ion com uma capacidade quase absurda de até 245 TB, e ainda o 7600, uma opção PCIe Gen 5 mais acessível e eficiente.
Micron lançou o primeiro SSD PCIe Gen 6 do mundo!
Portanto, como deve imaginar, o novo Micron 9650 foi desenhado a pensar em cargas de trabalho intensivas, como treino e inferência de IA, onde a largura de banda é extremamente valiosa. Entretanto, além do desempenho puro, a Micron garante que este SSD consome até menos 67% de energia nas leituras face aos modelos Gen 5.
Vai estar disponível em formatos E1.S e E3.S, com versões arrefecidas a ar e a líquido, para diferentes tipos de servidores.
Mas o destaque absoluto vai mesmo para o 6600 Ion.
Esta unidade vai ter uma versão com 122 TB já em 2025, e outra com 245 TB prevista para o início de 2026. Ou seja, num único SSD podes ter mais espaço do que em dezenas de discos rígidos convencionais, poupando espaço físico nos racks e reduzindo o consumo energético de forma brutal. É a solução ideal para quem lida com volumes gigantes de dados e precisa de densidade máxima.
A completar a nova linha está o Micron 7600! SSD pensado para aplicações cloud e edge, com latência reduzida e eficiência energética melhorada, mantendo a interface PCIe Gen 5.
A Micron confirmou que estes SSDs já estão validados por parceiros de peso como a Nvidia, Dell, Broadcom e Astera Labs. As amostras dos 9650 e 7600 já estão a chegar aos clientes. Isto enquanto o 6600 Ion de 122 TB deve chegar no final do terceiro trimestre. Os preços ainda não foram revelados, mas com estas especificações, não esperes nada barato.
Entretanto, como deve imaginar, é uma questão de tempo até esta tecnologia começar a chegar ao mercado de consumo. Para já, é nos centros de dados que estas máquinas vão brilhar. Isto enquanto respondem à crescente procura por armazenamento ultrarrápido e de grande capacidade.