O mundo da tecnologia é incrível e entusiasmante, porque a evolução acontece mesmo à frente dos nossos olhos. Aquilo que é topo de gama hoje, amanhã já foi ultrapassado. Porém, com o aumento agressivo dos custos de produção, e dificuldades acrescidas no desenvolvimento e implementação de novas tecnologias, este ritmo de inovação já não é o mesmo.
Por isso, se estavas a pensar que os SSDs PCIe 6.0 iam trazer a próxima grande revolução à tua máquina de gaming ou de produtividade, podes tirar o cavalinho da chuva. O CEO da Silicon Motion, uma das principais fabricantes de controladores para SSDs, já está a prever o futuro! O PCIe 6.0 nem sequer está no horizonte dos PCs mainstream.
Porquê? Porque é caro, não traz nada de novo, e como tal, ninguém quer saber.
PCIe 5.0? Já chega e sobra
A verdade é, se o PCIe 4.0 impressionou e fez mexer o mercado, o PCIe 5.0 foi ainda mais longe ao duplicar as velocidades do padrão anterior.
Porém, apesar dessa duplicação, a realidade é que o mercado ainda está um pouco a meio gás na adoção desta geração de armazenamento super rápido. Sabe porquê? Na prática, para o mais comum dos mortais, não existe grande diferença entre um bom SSD Gen 4 e um bom SSD Gen 5.
A maioria dos utilizadores não nota, nem precisa de notar. O que de facto é um pouco culpa do software que não é capaz de aproveitar a velocidade extra.
Dito isto, se a diferença entre o PCIe 4.0 e PCIe 5.0 é tão baixa, para quê lançar um outro padrão ainda mais rápido, mas muito mais caro? Não faz sentido, e como tal, vamos ter de esperar mais um pouco.
Não compensa.
O custo é obsceno!
Fabricar um controlador PCIe 5.0 já custa quase o dobro do que custa fazer um para Gen 4.0. Como deve imaginar, passar para PCIe 6.0 é ainda mais puxado. Estima-se que cada tape-out de um controlador Gen 6.0 (com 16 canais NAND e feito em 4nm) possa custar entre 30 e 40 milhões de dólares. Sim, leste bem.
Ora, se ninguém está a pedir, para quê investir?
E quando chega o PCIe 6.0?
A previsão mais otimista aponta para 2027 ou 2028, e mesmo assim só no setor empresarial, onde há necessidades diferentes (e carteiras mais fundas). O consumidor comum pode esquecer. E não é um “esquecer por agora”. É mesmo para esquecer até, pelo menos, 2030.