Durante anos a rotina foi sempre a mesma: tiras o telemóvel da caixa, metes logo capa e vidro temperado e só depois é que começas a usar. Mas isso está a mudar. Cada vez mais pessoas começam a largar as capas tradicionais e a andar com o smartphone “nu”, a confiar na resistência dos modelos mais recentes. Um jornalista especializado em tecnologia decidiu fazer o teste: 30 dias sem capa, ele e um grupo de amigos. No fim, concluíram que os smartphones atuais aguentam muito melhor quedas e pancadas do que os modelos antigos. Podem ganhar um risco aqui e ali, mas já não partem ao mínimo deslize.
Smartphones mais resistentes, menos medo
Enquanto nos focávamos em câmaras, IA e ecrãs mais brilhantes, os fabricantes também foram reforçando a parte física:
- Vidros como Gorilla Glass e Ceramic Shield mais resistentes a quedas e riscos
- Estruturas em alumínio ou titânio
- Melhor proteção contra água e pó
Resultado: uma queda típica de bolso ou da mão (menos de dois metros) já não é sinónimo automático de ecrã estilhaçado. Ainda assim, não há milagres. Ou seja, o risco existe sempre.

Porque é que tanta gente abandona o telemóvel com capa?
Além da resistência, há um conjunto de razões muito práticas (e outras mais vaidosas) para esta “nova moda”:
Calor e desempenho
Capas espessas funcionam quase como um casaco em cima de um dispositivo que já aquece por si. Em telemóveis mais antigos, ou em quem joga muito, isso pode piorar o sobreaquecimento. Muita gente começa a tirar a capa para jogar… e acaba por deixá-la de lado de vez.
Status e atitude
Há quem veja o telemóvel sem capa como sinal de confiança (e carteira): se partir, compra outro. E para quem investe num topo de gama, mostrar o design original também é uma forma de exibir esse investimento.
Tamanho e conforto
Algumas capas transformam um smartphone grande num autêntico tijolo: pior no bolso, pior na mão, pior em tudo. Capas ultra-finas ou simplesmente… nenhuma capa estão a ganhar terreno.
Estética
Os telemóveis são pensados para ser bonitos: cores, módulos de câmara, acabamentos. Esconder tudo isso atrás de silicone opaco não faz sentido para quem escolheu o modelo precisamente pelo design.
Consumo rápido
Quem troca de telemóvel todos os anos ou de dois em dois anos preocupa-se menos com a longevidade física do aparelho. Se se estragar, é “desculpa” para atualizar.

Qual é o meio-termo inteligente?
Andar sem capa é assumir riscos: uma queda num chão mais agressivo continua a poder ser cara, e qualquer toque desvaloriza o telemóvel na revenda. Por isso, a tendência não tem de ser 8 ou 80.
Cada vez mais se fala numa abordagem intermédia:
Película de qualidade para o ecrã
Capas ultra-finas ou “skins” que protegem sem engordar o aparelho
Seguro ou garantia extra para quem gosta de arriscar no dia a dia
No fim, a pergunta é simples: és da equipa “cai-me sempre da mão” ou da equipa “cuido disto como se fosse ouro”? A capa deixou de ser obrigatória. Assim agora é uma escolha consciente entre mostrar o design original e aceitar um pouco mais de risco… ou continuar a jogar pelo seguro.
