Quem passa algum tempo na estrada já se deve ter apercebido… Há cada vez mais pessoas a conduzir com o telemóvel na mão, e não, não é como antigamente, que por vezes se mudava de música, lia-se uma mensagem, ou acertava-se o GPS.
É um uso normal de redes sociais, apps, etc… Há condutores Portugueses que estão sempre com o telemóvel na mão, durante a viagem toda, como se estivesse no sofá das suas salas.
Sim, os carros estão muito mais seguros, mas os níveis de distração nunca foram tão altos. Ou seja, uma coisa acaba por anular a outra.
A confiança excessiva nas “ajudas à condução”?
Os carros modernos estão cheios de tecnologia que promete tornar a condução mais segura. Aliás, até o mais barato dos automóveis encareceu cerca de 10 mil euros nos últimos anos, graças à integração dessas mesmas tecnologias.
Estamos a falar de assistência de faixa, cruise control adaptativo, travagem automática, deteção de peões e câmaras em todo o lado. Tudo isto devia ajudar a evitar acidentes, e de facto ajuda.
Mas há um efeito colateral perigoso, que começa a ter um efeito assustador… As pessoas estão a confiar demasiado nestes sistemas.
Vemos cada vez mais condutores com o olhar colado ao ecrã do smartphone enquanto o carro “se guia sozinho”. Só que não, o carro não é (ainda) autónomo, e como tal, a responsabilidade continua a ser do condutor.
É um fenómeno que se agravou nos últimos anos, sobretudo com o aumento dos carros automáticos e dos sistemas de condução semi-autónoma. No fundo, é uma epidemia, e é exatamente por isso que já existem radares para apanhar estes condutores a caminho das nossas estradas.
O que diz o Código da Estrada?
De acordo com o artigo 84.º do Código da Estrada, é proibido utilizar, durante a condução, qualquer tipo de aparelho que implique manusear o equipamento. Isto inclui, obviamente, o telemóvel.
E a multa não é leve!
- Coima entre 250 e 1.250 euros
- Subtração de 3 pontos na carta de condução
Se for apanhado em flagrante, o agente pode ainda aplicar uma sanção acessória, como a suspensão temporária da carta, dependendo da gravidade da infração ou reincidência.
Conclusão
A tecnologia veio para ajudar, não para substituir a atenção do condutor.
E enquanto muitos continuam a achar que “não faz mal, é só um segundo”, a verdade é que um segundo é o suficiente para mudar uma vida, ou até mais que uma.
A condução moderna precisa de mais responsabilidade, não de mais ecrãs.
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