A Google anda a mexer nos seus resultados de pesquisa e, para surpresa de muitos, já começam a surgir produtos usados misturados com os novos. É algo que à primeira vista até pode parecer útil! Afinal, temos mais opções, preços mais baixos e a possibilidade de encontrar aquele gadget ou peça rara que já não se vende novo.
Aliás, já me deu jeito, quando tentei adquirir um Surface Duo, aquele telemóvel estranho que a Microsoft decidiu lançar, mas que pouco ou nada vendeu.
Mas… Será assim tão simples? Não irá levar algumas pessoas ao engano?
O lado positivo
É inegável que pode ser uma mais-valia para quem procura poupar. A própria Google parece estar a tentar dar visibilidade ao mercado de segunda mão, algo que já movimenta milhões em plataformas como OLX, Wallapop, Vinted, eBay ou até o Marketplace do Facebook.
Afinal, com os preços dos produtos novos a dispararem, esta integração pode democratizar ainda mais o acesso à tecnologia. Sim, porque o foco desta “funcionalidade” parece estar muito na tecnologia.
O lado mau
O problema é que nem sempre o consumidor distingue bem o que está a ver. Se pesquisares por um iPhone novo, e no meio aparecer um link para um iPhone usado a preço tentador, muita gente pode nem reparar na diferença.
Especialmente quando são vendidos por lojas conhecidas como é o caso da imagem em cima (GMS).
O risco de desilusão ou até de fraude cresce, principalmente porque os anúncios usados não têm a mesma garantia, transparência ou condições de devolução.
É bem jogado por parte da Google?
Sim, é. Mais opções é bom, e há produtos usados que estão de facto muito bem cuidados.
Mas, devia ser mais claro. Ver produtos usados ao lado de novos é estranho, e vai com toda a certeza confundir os consumidores que estão no mercado à procura de alguma coisa.
Em suma, a Google tem a obrigação de deixar bem claro o que é novo e o que é usado. Caso contrário, corre o risco de transformar a sua pesquisa de compras num terreno minado.