A Polícia Judiciária voltou a apertar o cerco à IPTV ilegal em Portugal. Desta vez, a ação aconteceu em Valença e teve nome de código simples e direto. Operação “Sinal Aberto”.
O que está em causa nesta operação?
Portanto, segundo a PJ, foram detidas duas pessoas e constituídas arguidas duas empresas por exploração ilícita de serviços IPTV, com acesso ilegal a canais protegidos por direitos exclusivos.
Em cima da mesa estão vários crimes bem conhecidos neste tipo de esquemas:
- Acesso ilegítimo
- Falsidade informática
- Burla informática e nas comunicações
- Fabrico, importação, distribuição e venda de dispositivos ilícitos para fins comerciais
Ou seja, não estamos a falar apenas de alguém a “ver televisão”. Estamos a falar de uma estrutura montada para ganhar dinheiro com conteúdos roubados.
Buscas, equipamentos e dinheiro vivo
Assim, a operação incluiu três mandados de busca, realizados em duas habitações particulares e num espaço comercial. Ou seja, o resultado não foi nada discreto.
Foram apreendidos vários equipamentos informáticos usados para potenciar a distribuição ilegal de conteúdos televisivos, além de mais de 100 mil euros em numerário. Sim, dinheiro vivo. O tipo de detalhe que diz muito sobre o negócio em causa.
A PJ contou ainda com o apoio de especialistas de polícia científica, responsáveis pela análise técnica dos equipamentos e da documentação apreendida.
Centenas de utilizadores identificados
A investigação ainda não está fechada, mas há um dado importante. As autoridades já apuraram a existência de centenas de beneficiários deste serviço ilegal. É o grande problema destas buscas para quem adora subscrever serviços Ilegais de IPTV. As listas de clientes acabam quase sempre nas mãos das autoridades.
Claro que, muito provavelmente não vai dar em nada. Ainda se castiga muito quem vende, e não quem compra. Mas, isso pode mudar dentro de muito em breve.
Entretanto, apesar de os detidos terem sido libertados por decisão do Ministério Público, o inquérito continua e a análise do material apreendido ainda agora começou.
IPTV ilegal não é só um problema das operadoras
A Polícia Judiciária reforça… A pirataria audiovisual não prejudica apenas empresas e titulares de direitos.
Os próprios utilizadores ficam expostos a riscos sérios, incluindo:
- Roubo e partilha de dados pessoais
- Falta total de segurança digital
- Possível responsabilidade penal e cível
Não é apenas “ver futebol barato”. É entrar num ecossistema sem regras, sem proteção e cada vez mais sob o radar das autoridades.
Conclusão
Em suma, a IPTV ilegal deixou há muito de ser um fenómeno invisível. Há investigações em curso, operações no terreno e consequências reais. Quem vende, quem distribui e quem usa deve começar a perceber uma coisa muito simples. O sinal pode até parecer aberto, mas a conta chega sempre.
