Terça-feira, Setembro 30, 2025

Maior rede global de IPTV pirata acabou. A fatura é para todos!

Seria sempre uma questão de tempo, mas aconteceu em Setembro. A Silent Push rebentou a bolha. Descobriu uma operação internacional de IPTV pirata com uma dimensão absurda, que além de oferecer jogos de futebol, também distribuia conteúdos de Netflix, Disney, Amazon, etc…

A Pirataria não é novidade. A escala desta rede é que assusta.

O que foi encontrado?

Segundo a empresa de threat intelligence, a rede operava através de mais de mil domínios e mais de dez mil endereços IP.

Um dos sites apanhados, o JVTVlive, gabava-se de ter dois mil servidores espalhados por 198 países. A Silent Push diz que o número é credível. Os serviços eram vendidos por subscrição. Basicamente, quinze dólares por mês em troca de 22 500 canais e cem mil filmes e séries. Ou seja, 180 dólares (150 euros) por ano).

Entretanto, o site já está em modo manutenção, mas a rede existia muito para lá de um domínio.

Marcas afetadas de A a Z?

A lista inclui Prime Video, beIN Sports, Disney Plus, NPO Plus, F1, HBO, Viaplay, Videoland, Discovery Channel, Ziggo Sports, Netflix, Apple TV, Hulu, NBA, RMC Sport, Premier League, Champions League, Sky Sports, NHL, WWE e UFC. Traduzindo para o dia a dia.

Desporto premium, filmes e séries de topo, tudo embrulhado num pacote pirata com aparência de serviço legítimo.

O dinheiro em jogo?

A Audiovisual Anti-Piracy Alliance já tinha feito as contas para a Europa.

Em 2021, o IPTV pirata custou 3.21 mil milhões de euros à indústria, enquanto os piratas faturaram 1.06 mil milhões. Isto não é um nicho. É um negócio paralelo com margens gigantes e incentivos para continuar a crescer.

Porque é que as pessoas pirateiam?

A Deloitte perguntou e a resposta foi direta. Acesso antes do preço.

No lado do streaming, quarenta e dois por cento apontaram falta de acesso como razão principal. Quarenta por cento querem ver mais depressa. O problema não é só o valor mensal. É a fragmentação absurda, os exclusivos espalhados e estreias desencontradas por região.

E Portugal no meio de tudo isto?

Por cá, a mensagem é simples e tem sido repetida. Usar IPTV pirata é roubar. Ponto final.

Não é um serviço alternativo, não é um pacote barato, é redistribuição ilegal de conteúdos. Mas, enquanto continuar a ser algo fácil e barato de usar, os consumidores vão continuar a pagar e a usufruir.

Os serviços legítimos são demasiado caros para a realidade Portuguesa. Enquanto esse problema existir… Não há volta a dar.

O que esperar agora

O jogo do gato e do rato vai continuar. É um modelo de negócio demasiado lucrativo para terminar só porque há o perigo de ser apanhado.

A pergunta certa é outra. A indústria vai finalmente atacar o problema de raiz com acessos simples, preços realistas e calendários de estreia alinhados, ou vai continuar a empurrar utilizadores para soluções ilegais por puro cansaço? Enquanto tudo se mantiver, a próxima mega-rede de IPTV pirata fica à espreita.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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