Durante anos, a Intel foi rainha incontestada no mundo dos processadores, fosse para gaming ou para trabalho. Mas a história mudou, a AMD cresceu, e dentro da lista de razões temos uma coisinha muito interessante, a 3D V-Cache da AMD.
Pois bem, parece que a gigante azul está finalmente a engolir o orgulho e a preparar a sua própria versão desta tecnologia para tentar recuperar o trono.
Nova Lake pode estrear o “bLLC”!
Segundo novos rumores, a próxima geração Nova Lake-S, que só deve chegar em 2026 ou 2027, vai trazer uma nova abordagem ao cache de último nível. A Intel chama-lhe “bLLC” (big Last-Level Cache), mas na prática é uma tentativa de replicar os ganhos de desempenho brutais que a AMD conseguiu com os seus chips X3D.
Os primeiros modelos com esta tecnologia vão incluir 8 núcleos de performance e 4 de eficiência, com variantes que chegam até aos 32 núcleos no total, e um TDP de 125W. Tudo isto apontado ao segmento desktop e gaming, onde a AMD tem dominado graças à combinação entre potência e latência reduzida trazida pelo 3D V-Cache.
Intel já usou esta ideia… mas só em servidores!
Esta abordagem não é completamente nova no mundo da Intel. A marca já integrou uma cache semelhante nos seus chips Clearwater Forest para servidores, usando um design em que o cache fica num tile de base, logo por baixo dos blocos de computação.
Soa familiar? Pois, é o mesmo princípio da arquitetura da AMD nos Ryzen 9000X3D.
Mas… não tinham dito que não iam fazer isto?
O mais curioso é que a própria Intel tinha descartado publicamente a ideia de trazer algo parecido ao 3D V-Cache para os consumidores. Em novembro de 2024, um dos responsáveis de comunicação técnica da marca disse com todas as letras que não havia planos para versões desktop com este tipo de tecnologia.
Claramente, mudou alguma coisa.
Nova geração, novo socket e promessas ambiciosas
Os Nova Lake-S vão ainda estrear o socket LGA 1954, com suporte para vários chips diferentes, desde um modelo topo de gama com 52 núcleos e TDP de 150W, até uma versão de entrada com 12 núcleos e 125W.
Ou seja, a gama vai cobrir uma fatia larga do mercado, e pode mesmo vir a ser o maior salto arquitetónico da Intel em anos.
Conclusão: Copiar não tem de ser o fim do mundo. A Intel precisa disto.
Depois de ver os Ryzen 5800X3D e 7800X3D rebentar com a concorrência em gaming, a Intel não pode ignorar este caminho. Assim, se o bLLC conseguir replicar os ganhos do 3D V-Cache, podemos ter uma nova guerra no segmento gamer, e os consumidores só têm a ganhar com isso.
Agora é esperar para perceber se a Intel ainda vai a tempo, e se tem algo de novo a acrescentar à fórmula. Copiar é giro, mas não chega para liderar mercados.