Depois de ir duas vezes ao Dubai, a Leak.pt esteve na GITEX Berlim 2025, de forma a perceber como a feira tecnológica está a crescer, está a evoluir, e pretende dar os seus próximos passos em 2025 e 2026.
Estamos a falar de uma feira que deu os seus primeiros passos dentro do sempre incrível “reino” dos Emirados, mas que agora parece estar a crescer a um ritmo completamente absurdo.
Mas atenção, a GITEX não é uma CES, MWC, IFA, Computex, ou sequer uma Web Summit, é algo diferente, num esforço na criação de um ecossistema de facto global. O que claro está, significa que a própria feira tem de ser também ela algo global.
É por isso que depois de começar no Dubai, a feira tecnológica já vai a Berlim, Nigéria, Singapura, Vietnam e até Cazaquistão. Aliás, nós até “brincámos” um pouco com a maior responsável da feira numa entrevista onde nos foi explicado como todo este Universo funciona, se por ventura iria existir uma GITEX Lisboa num futuro próximo. Não foi um não, mas foi um… “É difícil roubar espaço à Web Summit”. Quem sabe num futuro próximo!
Mas vamos falar do que impacto da feira em Berlim, naquela que foi a primeira tentativa da feira em território Europeu.
GITEX vai ao Dubai, Berlim, Singapura, etc… Vai a todo o lado!
Portanto, Berlim foi durante o mês de maio o epicentro da inovação tecnológica na Europa com a estreia da GITEX Europe, um evento que promete abanar o panorama digital do continente.
Assim, entre IA, startups, tecnologia quântica e debates sobre o futuro, a primeira edição europeia do gigante tecnológico vindo do Dubai quer mostrar que está aqui para ficar. Aliás, uma das discussões mais interessantes e importantes que alguma vez assisti sobre IA… Foi nesta mesma exata feira. Foi aquele tipo de conversa que eu gosto… Sem tretas! (Pode ler mais em baixo.
Como foi a GITEX Berlim?
Entre os seis pavilhões da Messe Berlin, curiosamente a mesma exata base da reputada IFA, estiveram representadas mais de 1.400 empresas e startups, acompanhadas por 600 investidores e 500 oradores de todo o mundo.
Empresas como AWS, IBM, Nvidia, Cisco, Dell ou SAP são alguns dos nomes pesados que estiveram presentes, mas o verdadeiro protagonista da feira é o ecossistema de inovação que pulsa por todos os corredores. O grande objetivo de quem organiza! Dubai World Trade Centre (DWTC) e pela KAOUN International.
Respirava-se IA!
A Inteligência Artificial ocupa o centro do palco, com um pavilhão dedicado ao “AI Everything Europe” e com destaque para a presença de Geoffrey Hinton, sim, o “padrinho da IA”, que tanto já nos deus que falar ao longo do último mês. Uma personalidade de peso que soube debater os dilemas éticos e científicos da chamada superinteligência.
Apesar de todo o mesmo… A aposta é clara: a Europa quer acelerar na corrida global da IA, e este palco serve para isso mesmo.
E Portugal?
Portugal tem uma presença forte com a AICEP, a Fábrica de Unicórnios de Lisboa e o Instituto Pedro Nunes, entre outros, numa comitiva que procura não só dar visibilidade à inovação nacional como atrair investimento.
Europa apostou na feira!
A Comissão Europeia também marca presença através do European Innovation Council, trazendo mais de 40 startups deeptech com financiamento europeu. Ao todo, o programa do EIC representa mais de 10 mil milhões de euros para apoiar projetos disruptivos no continente.
A ideia é gira e faz sentido! Ou seja, fazer da Gitex Europe o novo ponto de encontro obrigatório da tecnologia global no Velho Continente. Para depois levar todas estas relações para outros locais que normalmente não estão na nossa cabeça, mas que também estão a investir forte e feio na IA. Sendo exatamente por aqui que podemos falar da Nigéria e Cazaquistão, que é para onde a GITEX se quer expandir entre 2025 e 2026.
Aliás, a edição nigeriana vai decorrer ainda este ano, juntando-se à estratégia de alargar a presença da Gitex em África, depois do sucesso em Marrocos. Já o Cazaquistão foi escolhido como ponto de entrada para a Ásia Central, com uma edição confirmada para 2026. O objetivo? Levar o ecossistema tecnológico a mercados emergentes e reforçar a rede global de inovação onde, cada vez mais, Europa e África são peças centrais.
Dubai começou com tudo isto, Berlim deu o pontapé de saídana Europa. Agora é ver se o resto do mundo acompanha o ritmo.