O ciclo dos smartphones premium está a mudar e todos os olhos estão postos na próxima jogada da Samsung. O Galaxy S26 da Samsung, previsto para 2026, já começou a levantar polémica muito antes da sua apresentação oficial. Os primeiros leaks deixam claro: a Samsung pode estar a arriscar tudo… ou a repetir os erros do passado.
Exynos 2600: o regresso (arriscado) da aposta caseira
Segundo rumores credíveis, a Samsung já estaria a produzir em massa o novo processador Exynos 2600 em litografia de 2 nm. É uma jogada ousada: depois de anos em que os chips Exynos ficaram marcados por aquecimento, throttling e menor autonomia, a gigante sul-coreana quer provar que voltou em força.
O novo chip teria até 50% de rendimento em produção, um salto face às primeiras fases experimentais. Para resolver os problemas crónicos de calor, a Samsung terá desenvolvido uma nova tecnologia de dissipação (“heat pass block”), pensada para manter o desempenho estável.
Mas há um detalhe que pode dividir mercados: apenas o Galaxy S26 Pro deverá vir com o Exynos 2600. Já o S26 Edge e o S26 Ultra continuariam com Snapdragon muito provavelmente o novo Snapdragon 8 Elite Gen 5.
Ou seja, quem comprar o modelo Pro poderá acabar a perguntar-se: será que levo a versão “menor” e fico com o chip da Samsung, ou pago mais para garantir Snapdragon?
Câmeras: evolução ou estagnação?
Se no processador a Samsung arrisca, nas câmeras os leaks apontam para uma estratégia conservadora.
Galaxy S26 Ultra: 200 MP principal, 50 MP ultrawide, 10 MP telefoto 3×, 50 MP telefoto 5×, frontal de 12 MP.
S26 Edge: 200 MP principal, 50 MP ultrawide, frontal de 12 MP.
Galaxy S26 Pro: 50 MP principal, 12 MP ultrawide, 10 MP telefoto 3×, frontal de 12 MP.
E aqui está o problema: as especificações são praticamente idênticas às gerações anteriores. O S26 Ultra repete a fórmula do S25, e o S26 Pro já vai para quatro gerações sem mudar a ficha técnica da câmara.
A exceção é o Edge, que ganha uma ultrawide de 50 MP em vez dos antigos 12 MP. De resto, há rumores de uma possível abertura f/1.4 na lente principal do Ultra, o que poderia melhorar a fotografia noturna, mas ainda nada confirmado.
E a maior crítica: a câmera frontal continua presa nos 12 MP desde 2023. Numa era de selfies em 8K, streamings e chamadas em alta resolução, isto pode ser visto como um retrocesso face à concorrência chinesa.
A grande incógnita
O Galaxy S26 da Samsung pode vir a ser lembrado de duas formas muito distintas:
Se o Exynos 2600 realmente garantir eficiência energética e potência ao nível do Snapdragon, a Samsung ganha novamente controlo sobre o futuro do seu hardware.
Mas se repetir os velhos problemas de aquecimento, o “regresso” do Exynos pode tornar-se no maior fiasco da década.
Por outro lado, a falta de inovação nas câmeras pode afastar utilizadores que procuram o “wow factor” num flagship. A Samsung arrisca-se a lançar um telemóvel excelente… mas sem aquele salto que convence fãs e imprensa.
O que esperar em 2026
Se todos os rumores se confirmarem, o Galaxy S26 será um smartphone de evolução segura, mais do que uma revolução. Vai apostar no refinamento do que já existe, em vez de dar o passo gigante que muitos esperavam.
O resultado? Um topo-de-gama que pode ser visto como “absolutamente sólido” ou como “mais do mesmo”. Tudo dependerá de dois fatores: o desempenho real do Exynos 2600 e a forma como a Samsung conseguirá usar software e inteligência artificial para compensar a estagnação do hardware das câmeras.
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