Hoje tivemos a oportunidade de ouvir Sam Altman (Open AI), na GITEX Global 2025 no Dubai, e mais uma vez, tal como já aconteceu em vários outros eventos, a questão que realmente assusta as pessoas, passa quase sempre ao lado.
Aliás, mesmo que esta seja feita diretamente, a resposta é sempre a fugir, e isto já me começa a cheirar a esturro.
Que questão é esta?
É incrível, mas assustador, a forma como se foge à questão da IA!
A questão é muito simples, e devia ser algo que devia estar muito mais na cabeça de quem usa IA todos os dias.
Ou seja, o que vai acontecer quando a IA for mais inteligente que até o mais inteligente dos humanos, e for capaz de fazer qualquer tarefa mais rapidamente, de forma mais barata, e sem tempos de repouso?
Uma máquina não precisa de feriados, férias, fins de semana, nem fica doente.
Sim, é verdade que andamos todos felizes e contentes a usar o Gemini, o ChatGPT, etc… Mas poucas são as pessoas que pensam naquilo que vai acontecer dentro de 2 ou 3 anos, à medida que estas ferramentas ficam cada vez mais poderosas, eficientes, e claro, capazes de potenciar outras tecnologias.
Aliás, basta olhar para o passado recente. Olhe para 2020, e olhe agora para 2025. Estas ferramentas IA já são super poderosas, em 2026 vão ser ainda melhores, e ao que tudo indica, em 2027, já vamos ter robôs super inteligentes, e fortes, capazes de fazer tarefas mundanas do nosso dia-a-dia.
Mas… Quando se pergunta o que vai acontecer às nossas vidas, aos nossos empregos…
As respostas são sempre extremamente vagas. Hoje voltou a acontecer no palco da GITEX, com Sam Altman a falar que ele de facto também não sabe. A realidade mudou, e até o seu filho vai encontrar uma sociedade que pura e simplesmente nunca existiu.
Começo a acreditar que nem estas personalidades, que são as principais responsáveis pelo desenvolvimento e implementação das plataformas IA, sabem o que vai acontecer.
Estamos a alimentar algo que vai mudar por completo a forma como vivemos, mas não existem soluções. Só investimento para a tecnologia ficar mais poderosa.
Para eles, o mundo continua a girar, mas… e para nós?
Sim, é giro ficar a saber que a produtividade aumentou, e que agora um trabalhador é capaz de fazer o trabalho de 5 ou mais pessoas.
Num mundo perfeito, isto até poderia significar que cada pessoa podia trabalhar menos horas, para aproveitar mais a vida. Mas, como é óbvio, se um trabalhador vale por 5, é muito provável que as empresas cortem na despesa, e apostam mais na IA.
Vão existir menos empregos.
O que vai acontecer quando até para beber um café vou ter de falar com uma máquina em vez de uma pessoa? O que vai acontecer quando em vez de existirem 1 milhão de empregos, existirem apenas 500 mil, e depois 250 mil, e por aí fora?
Já pensou nisto? Já pensou no seu filho, sobrinho ou neto, que se calhar nem tem 10 anos, e vai viver um mundo que nós nunca vimos, com desafios que nunca foram ultrapassados? Talvez seja boa ideia pensar um bocadinho nisso.
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