A saga de filmes original de Karaté Kid tem um espaço especial no meu coração. Já a revi centenas de vezes, e como é óbvio, vou ver e rever até pura e simplesmente me fartar. É uma saga que me aquece o coração, naquilo que é um tema simples, mas quase sempre mágico.
Porém, apesar do facto de ser quase sempre da opinião que uma coisa boa nunca é demais… Esta minha forma de pensar começa a mudar com Karaté Kid.
Cinema: Quantos “Karaté Kid” é que são demais?
Já vamos no quê? Quinto, sexto, sétimo Karaté Kid? Perdi a conta. Sim, a série Cobra Kai foi inegavelmente uma lufada de ar fresco, naquilo que foi um projeto com os seus altos e baixos, mas ainda assim sempre capaz de manter a sua alma intacta.
Mas, muito honestamente, começo a achar que Hollywood começa a ficar um pouco farta desta fórmula. É que caso não saiba, depois do fim de Cobra Kai, temos agora um novo filme a caminho dos cinemas.
Um filme que, por alguma razão, não me está a dizer nada.
Quantos “Karaté Kid” são demasiados?
A saga Karaté Kid, que começou como uma história simples e inspiradora de um miúdo franzino que aprende a defender-se com cera e pincel, está a transformar-se num daqueles pratos requentados vezes sem conta. O que é um problema… Porque acaba por perder todo o seu sabor.
Afinal, já tivemos Daniel LaRusso (Ralph Macchio), Hilary Swank (Julie Pierce), Jaden Smith (Dre Parker), Xolo Maridueña (Miguel Diaz), e no fundo, dentro de Cobra Kai, tivemos vários “Karaté Kids”.
Não chega?
Isto é um problema maior quando, depois de Cobra Kai, este novo filme parece deixar para trás alguns dos pontos mais positivos do projeto que começou no YouTube e acabou a ter um sucesso quase absurdo na Netflix.
Afinal de contas, este novo filme de Karaté Kid, que deverá estrear no dia 29 de Maio em Portugal, decide deixar Cobra Kai para trás de forma a apostar novamente na fórmula de antigamente que já foi ao micro-ondas demasiadas vezes.
Caso não saiba, agora vamos ter o regresso de Jackie Chan no papel de Mr. Han, Ralph Macchio no papel Daniel LaRusso, e claro, a estreia de Ben Wang no papel de Li Fong. Vai ser bom? Não sei. O que eu sei é que já não faz sentido para mim.
Claro que há sempre um público fiel, e o apelo nostálgico é forte. Mas talvez esteja na altura de deixar o Daniel LaRusso pendurar o quimono, para dar descanso à “lenda”. Ou pelo menos, dar-lhe um final digno.
Dito tudo isto, se fosse para continuar a história de Cobra Kai, com William Zabka (Johnny Lawrence) e Xolo Maridueña (Miguel Diaz), ou pelo menos tentar fazer algo que fosse capaz de misturar a fórmula original com aquilo que foi feito nos últimos anos… Ainda aceitava. Agora… Isto? Juro que não sei.
Espero que o filme seja bom.
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