Caso não saiba, o mundo da produção automóvel está a passar por um mau bocado, curiosamente, pela mesma exata razão que o mundo dos PCs, smartphones, tablets, etc… Também está a passar mal. Estamos obviamente a falar de falta de componentes eletrónicos essenciais, como são os microchips.
Aliás, estamos a falar de fábricas de grandes marcas como a VW, Ford, etc… A fecharem portas durante largas semanas, o que por sua vez, também levou a um aumento de preços muito significativo, tanto no parque automóvel novo, como também no usado.
Dito tudo isto, apesar de já não ser novidade para ninguém que um carro, hoje em dia, é muito mais que um volante, um motor e 4 rodas… Ao que tudo indica, mesmo com a crise, o foco das fabricantes é aumentar ainda mais o nível tecnológico de todos estes produtos.
Aliás, o CEO da Intel (Pat Gelsinger), já veio a público dizer que os chips vão ganhar ainda mais importância no mundo automóvel.
Carros vão depender cada vez mais dos ‘chips’
Portanto, segundo o CEO da Intel, Pat Gelsinger, os chips e ademais semicondutores, em 2030, vão perfazer cerca de 20% da lista de materiais total da grande maioria dos automóveis. Ou seja, mais ou menos a mesma percentagem que os sistemas de propulsão ocupam, em 2021.
Uma mudança muito interessante, porque se formos ver a evolução de mercado, em 2019, os chips preenchiam apenas 4% das listas de materiais. Uma percentagem de materiais que habitualmente marcam presença mais no ECU, e no sistema de entretenimento, este último, que diga-se de passagem, está cada vez mais evoluído nos modelos mais recentes.
Em suma, os automóveis estão a mudar, bastante, ficando cada vez mais “eletrónicos”. Será isto bom? É uma questão de esperarmos para ver. Mas uma coisa é certa, com a aposta das fabricantes nos mais variados tipos de sensores e sistemas de controlo, para aumentar a segurança, e também mudar o design, como é o exemplo da remoção dos espelhos para a colocação de câmeras… O futuro vai ser mesmo muito interessante. Mas provavelmente também mais caro.