Os carros elétricos até podem estar a ganhar tração, mas a verdade é que continuam caros e pouco práticos para a maioria das pessoas. Dito isto, enquanto isso não mudar, não há transição energética que resista. É exatamente por isso que as regras têm vindo a mudar, e o motor a combustão tem recebido alguns balões de oxigénio. Tudo isto porque o carro elétrico não está a ser o sucesso que as grandes fabricantes e autoridades esperavam.
Mas, tudo indica que o carro 100% elétrico continua a ser o futuro. Algo que se deve a uma excelente notícia. A chegada em força das baterias de iões de sódio.
Baterias de sódio: a chave para elétricos mais baratos?
Portanto, ao contrário das já populares baterias LFP (lítio-ferro-fosfato), estas novas soluções nem sequer usam lítio.
Algo muito importante, porque não é apenas um detalhe técnico que parece curioso. É algo que faz mudar o jogo!
O lítio é caro, depende de poucas zonas do planeta (com a China a dominar grande parte do mercado), a procura está a disparar muito mais rápido do que a capacidade de extração, e além de tudo isto, é muito difícil conseguir retirá-lo do chão (como podemos ver em Portugal). Tudo isso faz subir o preço final dos carros.
O que muda? O sódio, por outro lado, é barato, abundante (presente no sal de cozinha!) e fácil de extrair. Resultado? Baterias mais acessíveis.
Mas então porque é que não estão já em todos os carros elétricos?
Por enquanto, as baterias de sódio ainda têm densidade energética inferior às de lítio. Ou seja, ocupam mais espaço e pesam mais para oferecer a mesma autonomia. Além disso, também não duram tanto em ciclos de carga e descarga, o que pode afetar a sua vida útil.
Isto é algo que poderá mudar ao longo do desenvolvimento. Até lá, existem outras vantagens importantes.
- São mais seguras, com menor risco de incêndio.
- São mais fáceis de reciclar.
- Funcionam bem mesmo com temperaturas negativas.
- Podem carregar até 80% em menos de 20 minutos.
- Muito mais baratas.
Aliás, o desenvolvimento tem vindo a ser tão rápido, que marcas como a CATL já mostraram baterias de sódio com densidades energéticas muito similares às baterias LFP. Aliás, já existe um carro baseado nesta tecnologia, o Sehol E10X, que por sua vez promete 252 kms de autonomia a partir de uma bateria de 25 kWh. Além deste, a BYD também já promete um Seagull com uma bateria de sódio de 30 kWh capaz de ultrapassar os 300 kms de autonomia.
Conclusão
Ainda é difícil dizer quando é que vamos ver baterias de sódio a sério no mercado. Até porque, em uma primeira fase, é muito provável que as fabricantes aproveitem a tecnologia para criar carros mais acessíveis, com autonomias entre os 200 e 400 quilómetros.
Carros baratos, com uma autonomia interessante, e capacidade de carregamento ultra-rápida.
Em suma, o futuro é brilhante, e isso é inegavelmente importante.
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