Como Jeremy Clarkson disse há muitos anos atrás, o que traz problemas não é a velocidade, é parar de repente… É isso que normalmente apanha o ser humano. Além disso, é preciso ter em consideração que um carro moderno, é hoje em dia um automóvel muito diferente do antigamente.
Por isso, se for possível aproveitar as novas tecnologias de ajuda à condução, bem como as motorizações mais eficientes, pode ser possível aumentar o limite de velocidade normalmente fixado em 120 km/h nas autoestradas, para algo mais interessante, e até mais seguro.
Autoestrada com limites de 150 km/h? Espanha já testa!
Portanto, caso não saiba, a Direção Geral de Tráfego de Espanha (DGT) está a testar um projeto-piloto na autoestrada AP-7, entre Maçanet de la Selva e El Vendrell, na Catalunha, que pode mudar por completo a forma como olhamos para os limites de velocidade. P
Pela primeira vez no país, será possível circular a 150 km/h. Porém, apenas em condições ideais. Ou seja, o limite de velocidade vai ser dinâmico.
O que é isto?
Um limite dinâmico, é um limite que muda consoante as condições da estrada, trânsito e clima. Ou seja, se estiver sol, com pouco movimento e visibilidade perfeita, o limite poderá subir para os 150 km/h. Porém, se houver chuva, nevoeiro, tráfego intenso ou acidentes, desce para valores mais baixos.
Até a sinalização é dinâmica, sempre pronta a mostrar os limites atuais. Isto sem mão humana, visto que é tudo controlado de forma automática através de sensores e sistemas inteligentes.
Objetivo?
O objetivo declarado da DGT é melhorar a fluidez do trânsito, reduzir congestionamentos e aumentar a eficiência da via. Há também uma componente ambiental, já que um tráfego mais estável pode reduzir emissões.
No entanto, nem tudo são vantagens. Conduzir a 150 km/h implica consumos de combustível mais elevados e maiores emissões, o que pode chocar com metas de sustentabilidade. Além disso, muitos carros em circulação em Espanha (e em Portugal também) não estão preparados para aguentar longos períodos a velocidades tão altas em segurança.
Vai correr bem?
A grande questão é se os condutores vão aceitar e respeitar esta lógica de limites dinâmicos. Num país onde a atenção à sinalização nem sempre é exemplar, a introdução de regras variáveis pode gerar confusão. Ainda assim, se correr bem, este modelo poderá ser expandido a outras autoestradas espanholas e abrir caminho para uma nova geração de estradas inteligentes também noutros países europeus.
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