Lembro-me, em 2016, de precisar de um novo portátil para a faculdade e pensar que ter um MacBook Pro comigo seria simplesmente incrível, porque… Bem… Como não? Felizmente, consegui convencer os meus pais, e lá levei para casa um modelo baseado no ‘refresh’ da altura.
Essa máquina foi cara, na realidade muito cara ao custar cerca de 1500€, um valor quase incompreensível para as especificações que trazia consigo (Intel Core i5 (dual core), 8GB de RAM e SSD de 512GB). Mas, foi uma máquina que cumpriu o seu trabalho durante 4 anos, e ainda fui capaz de a vender a 900€ na altura do COVID.
Mas, se 1500€ era muito em 2016, 2300~2400€ pelo novo MacBook Pro é um puro e simples exagero. Sendo uma das razões mais fortes pela qual o portátil não vende.
Óbvio que a Apple pode culpar a crise económica, a falta de procura, etc… Mas o MacBook não é o iPhone, e por isso mesmo, não vai vender a qualquer preço. Aliás, começo a achar que a Apple está a seguir o mesmo exato caminho com o iPhone, com sucessivos encarecimentos só porque sim. Algo que vai eventualmente correr mal.
Pois bem, ao que tudo indica, devido às fracas vendas dos portáteis MacBook em 2023, a Apple está neste momento a considerar mudar alguns planos de desenvolvimento. Ao que tudo indica, os planos para mudar os ecrãs miniLED para OLED Gen 8, estão agora a ser postos em causa.
Apple quer desistir do OLED no MacBook. Porquê?
Portanto, caso não saiba, a Apple tem planos para mudar todos os seus portáteis para tecnologias mais eficientes, onde claro está, o OLED é obviamente importante. Porém, como os portáteis não se estão a vender, por razões que já referimos, a Apple parece que meio quer castigar a sua gama. (Queda de ~30% relativamente a 2022)
Não me parece que limitar o desenvolvimento da tecnologia seja a solução para o que quer que seja. O MacBook nunca foi uma máquina barata, mas neste momento, o preço é um exagero. Especialmente porque muito daquilo que entra em qualquer MacBook, é de design ou produção Apple.
Qual é a razão para este ‘castigo’?
Bem, enquanto ecrãs OLED para smartphones e tablets são fáceis de arranjar, porque o OLED é o padrão destes mercados. Para portáteis as coisas não são ainda bem assim. Tanto a LG como a Samsung ainda não estão a produzir painéis OLED em massa, nestas dimensões, especialmente dentro das tecnologias mais recentes, como é o OLED Gen8.
Em suma, a LG e Samsung não estão muito confiantes naquilo que a Apple quer fazer quanto ao número de encomendas, e por isso, estão com medo de investir em novas linhas de produção, ou aumento da produção nas linhas já existentes.
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