Antivírus grátis? Com o Avast o barato sai muito caro!

Uma investigação recente descobriu evidências surpreendentes que apontam para o Avast. Na prática descobriram que este software antivírus recolhia dados do histórico de navegação dos utilizadores e vendia-os a terceiros como a Microsoft e Google. Mas afinal o que se passa com este antivírus grátis?

Antivírus grátis? Com o Avast o barato sai muito caro!

A investigação resultou de um esforço conjunto das publicações Motherboard e PCMag. Estes meios contaram com os dados vazados de utilizadores e outros documentos para descobrir a venda de dados privados dos utilizadores à revelia destes. Ora considerando que as soluções antivírus Avast estão instaladas em quase 435 milhões de plataformas Windows, Mac e até dispositivos móveis em todo o mundo, esta questão assume proporções elevadíssimas. Alegadamente, a empresa recolheu os dados do histórico de navegação dos utilizadores através de plug-ins e forneceu-os a terceiros.

Antivírus grátis

Durante a investigação, um documento pertencente à Jumpshot, uma subsidiária da Avast, foi recuperado. Ora as informações detalhadas acerca do software antivírus instalado no PC revelaram a possibilidade de recolha de dados e o fornecimento a alguns gigantes da tecnologia como a Google, Yelp, Microsoft, McKinsey, Pepsi, Sephora, Home Depot, Conde Nast, Intuit e muitos outros.

Desde que esta informação foi revelada, o Avast parou de fornecer dados relacionados com a navegação que são recolhidos pelas extensões do Jumpshot. Além disso, também foram revelados contratos com a Jumpshot. Neles incluem-se negociações com uma empresa de marketing que pagou mais 2 milhões de dólares pelo acesso aos dados de navegação dos utilizadores em 2019.

A Avast está a ser acusada de recolher a data e hora exatas de quando um utilizador entra num site, juntamente com o histórico de pesquisas e até mesmo acompanhar os conteúdos digitais, como os vídeos que estão a ser visualizados. Entretanto, o Avast também está aser investigado para recolher dados de utilizadores através do próprio software antivírus, além dos plugins para o browser.

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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