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(Análise) Google Pixel 8 Pro: Vai mudar o mercado!

(Análise) Google Pixel 8 Pro: Se existe uma entidade no mundo mobile que percebe o ecossistema Android, e que tem uma visão daquilo que é um estilo de utilização perto da perfeição, esta entidade tem de ser a Google!

Afinal, estamos a falar da responsável máxima pela manutenção e desenvolvimento de tudo o que acontece e aparece neste ecossistema, que além disto, tem agora uma gama de smartphones com o objetivo de fazer mostrar essa mesma imagem perfeita aos consumidores, e também às suas parceiras (Samsung, Xiaomi, etc…).

Um objetivo ‘showroom’ que por vezes é cumprido, enquanto outras vezes é completamente ignorado pelas parceiras.
Pixel 8 Pro, S23 Ultra, Versus
Pixel 8 Pro ao lado do S23 Ultra da Samsung

É muito por causa disso que é tão importante para nós, entusiastas do mundo mobile, ver a Google a levar a sua gama de smartphones e ademais wearables para outros mercados, onde finalmente podemos incluir Portugal.

Sim! Esta é a primeira vez que a Google lançou smartphones Pixel em Portugal de forma oficial! O que além de significar que pode ir a uma loja física para comprar o smartphone, também quer dizer que vai ter acesso ao incrível suporte técnico da gigante Norte-Americana por terras Lusas.

Além de tudo isto, e talvez mais importante do que tudo aquilo que já comentei, isto significa que os smartphones Pixel estão a ganhar um outro nível de importância, e que qualquer novidade ou mudança que a Google tente implementar, não pode ser pura e simplesmente ignorada pelas principais fabricantes do mundo Android.

Aliás, é uma estratégia que já começa a dar frutos, visto que muitas das novidades IA apresentadas pelos Pixel 8 vão ser replicadas já na próxima geração de smartphones da Samsung e Xiaomi.

Mas, como tudo isto é uma novidade no mercado Português, temos de ir por partes.

(Análise) Google Pixel 8 Pro: É uma mudança de paradigma!

Pixel

O que é um smartphone Pixel?

Provavelmente já não se lembra, mas antes da gama de produtos Pixel, a Google já teve uma gama de smartphones e tablets própria, feita em parceria com outras fabricantes. Estamos a falar dos smartphones e tablets Nexus, que curiosamente fizeram um sucesso incrível em Portugal.

Aliás, alguns destes aparelhos até chegarem a ser vendidos por cá, de forma oficial, a partir da loja Google.

Mas, depois de alguns anos de aposta em aparelhos Nexus, a Google decidiu mudar um pouco o paradigma, ao absorver a velhinha HTC, para eventualmente desenhar e produzir os seus próprios aparelhos.

Foi aqui que nasceu a ideia Pixel! Uma gama de produtos que tenta ser diferente, e que apenas tem vindo a evoluir e a crescer ano após ano.
Pixel 8
Pixel 8 e Pixel 8 Pro

Isto é especialmente importante, porque um smartphone Pixel nunca teve o objetivo de ser um rival direito a tudo aquilo que as grandes fabricantes têm para oferecer dentro do mesmo ecossistema.

A ideia é ser um produto mais focado, mais simples, diferente de tudo o resto, sendo assim capaz de oferecer uma experiência Android mais pura, e por isso mais apelativa. Se possível, a um preço mais baixo e por isso mais apelativo.

É exatamente por isso que muito do hardware que dá vida até ao Pixel 8 Pro, o smartphone mais poderoso e caro que a Google alguma vez lançou, não é de todo incrível face aquilo que a Apple, Samsung ou Xiaomi conseguem oferecer em 2023.

Mas… Sou muito honesto, mesmo tendo isso em conta, trocaria qualquer topo de gama desta geração por um Pixel 8 Pro, quem sabe até um Pixel 8. Estes aparelhos são uma lufada de ar fresco! Algo que o mundo Android precisava de forma quase desesperante.

(Análise) Google Pixel 8 Pro: É uma mudança de paradigma!

Portanto, antes de mais nada, é preciso perceber a estratégia que a Google tem com este lançamento. Afinal, a fabricante não quer encher o mercado Android de smartphones Pixel.

  • A ideia passa por lançar aparelhos focados apenas onde a melhor experiência de utilização está presente, ou seja, da gama média-alta até à gama alta.

Na realidade, a gigante da pesquisa adota uma estratégia muito similar à da Apple do passado, ao lançar apenas dois aparelhos, um mais pequeno e um outro um pouquinho maior, com mais algumas capacidades, e por isso também ligeiramente mais caro.

Mais tarde, vamos também dizer olá a um Pixel ‘8a’, provavelmente no primeiro trimestre de 2024, que é basicamente a versão FE (Samsung) ou SE (Apple) da Google para a sua gama de smartphones. (Por enquanto, já temos por cá a versão Pixel 7a, que cumpre os mesmos requisitos).

Estratégia parecida à Apple? Sim, e não é só na quantidade de aparelhos lançados.

A Google também decidiu desenhar os seus próprios chips, para se afastar das grandes fabricantes de microprocessadores do mundo mobile (Qualcomm e MediaTek). Isto porque a Google não concorda com a corrida desenfreada à performance, apenas e só para apresentar gráficos bonitos, mas que no fundo são inúteis.

Ou seja, não existe necessidade de andar a correr atrás de números, quando a performance propriamente dita não está lá.

A Google quer smartphones Pixel não necessariamente baseados no último “grito” tecnológico, mas sim focados naquilo que realmente interessa… A experiência que o utilizador tem com um smartphone na mão. Hoje em dia isto significa software otimizado, com muito IA à mistura.

Especificações Técnicas:

  • Ecrã: LTPO OLED 6.7”, 1~120Hz, HDR10+, 1600 nits (HBM), 2400 nits (peak), Corning Gorilla Glass Victus 2
  • Processador: Google Tensor G3 (4nm)
  • Memória: 12GB
  • Armazenamento: 128GB~1TB
  • Câmaras:
    • Principal: 50MP f/1.7 25mm (wide), PDAF, Laser AF, OIS
    • Telefoto: 48MP, f/2.8 113mm, PDAF, OIS, 5x Zoom Ótico
    • Ultrawide: 48MP, f/2.0, 126º, PDAF
    • Frontal: 10.5MP Ultrawide, PDAF, f/2.2, Auto-HDR, panorama
  • Bateria: 5050mAh (30W com fios // 23W sem fios)
  • Tamanho e Peso: 162.6 x 76.5 x 8.8 mm // 213g

Performance

Pois bem, já que temos as especificações à mão, está na hora de falar um pouco sobre a performance deste aparelho no dia-a-dia.

Antes de mais nada, é fácil perceber que o objetivo da Google não foi ombrear com as rivais neste campo, especialmente no lado do SoC, onde todos os testes apontam para uma performance substancialmente abaixo de qualquer outro topo de gama do mercado.

Isso interessa? Bem… Não!

Ambos os Pixel 8, mas mais o Pro que o modelo base, são topos de gama a sério, com uma performance invejável, até nos ambientes mais complicados. Especialmente quando olhamos para a captura de imagem e posterior processamento. Sim, é verdade que não temos um Qualcomm Snapdragon 8 Gen2, ou um MediaTek Dimensity 9200, nem sequer temos um Exynos recente, o que até poderia ser possível, visto que a Google vai buscar muitos dos seus componentes à Samsung.

O Pixel é um aparelho diferente, que não mete todo o seu peso em cima do hardware.

Aliás, até temos algumas curiosidades extra na forma de um sensor de temperatura que pode utilizar para perceber a que temperatura está o seu café, a sua comida, e num futuro próximo até para perceber se tem febre. É por estas e por outras que é um aparelho diferenciado.

Os ganhos de performance não podem, nem devem estar em cima das evoluções feitas pelas principais fabricantes de semicondutores do planeta.

O Pixel é 75% software e 25% hardware, sendo exatamente por isso que volto a dizer… É uma experiência diferente!

Curiosamente, como o hardware não é o mais recente e o mais poderoso, o seu preço também é um pouco mais em conta relativamente ao resto dos smartphones do mercado. Pessoalmente, acredito que o preço deveria ser um pouco mais apelativo do que aquilo que realmente é. Acho que a Google devia ter apostado mais nesta componente, especialmente no primeiro lançamento neste mercado. Ainda assim, o Pixel 8 Pro é o smartphone topo de gama a sério mais amigo da carteira do mercado. Posso até dizer que é uma pechincha, caso seja fã de tirar muitas e boas fotos. (Mas já lá vamos a esta parte).

Em suma, em termos de performance, não tenho razões de queixa. Primeiro porque a Google está a implementar muito e bom IA nestes Pixel, o que por sua vez significa que parte do processamento é feito na nuvem e não localmente no smartphone. Igualmente importante, temos também a promessa de SETE anos de atualizações a sério para o SO Android.

Ainda vai existir Android em 2030? Não faço ideia. Mas se existir, o Pixel 8 vai estar lá prontinho para receber a mais recente versão do sistema operativo.

Design e Ecrã

Esta é uma parte sempre muito subjetiva de qualquer análise. O que pode ser bonito para mim pode ser horrendo para si. É assim que as coisas funcionam, e ainda bem, caso contrário andava tudo a comprar a mesma roupa, a usar o mesmo penteado, e a usar os mesmos smartphones.

Dito isto, acho o design dos Pixel bastante agradável, principalmente porque é um tanto ou pouco diferente de tudo aquilo que existe no mercado atual. Na realidade, o design destes aparelhos nem é extremamente complexo, ao contar com uma traseira com uma única cor, apenas interrompida por uma barra onde podemos encontrar as câmaras.

  • Nota: Eu gosto, mas sou suspeito, porque sempre achei piada ao design da linha Nexus, e posteriormente ao que foi feito na gama Pixel.

Quanto ao ecrã, temos um painel OLED LTPO capaz de oferecer 2400 nits de brilho, e uma taxa de atualização de frames que consegue ir do 1Hz até aos 120Hz. Aliás, uma das maiores e melhores atualizações do Pixel 8 e Pixel 8 Pro face à geração passada, está mesmo no aumento do potencial de brilho do ecrã, o que o torna muito mais legível em situações onde o sol não dá mesmo hipótese.

De forma muito resumida, é um ecrã OLED próprio de um topo de gama a sério. Não há mesmo muito a dizer.

Câmaras

Aqui é que a coisa vai ser extremamente complicada de analisar. É que qualquer um dos Pixel 8 é uma máquina fotográfica “anti-totós”. Ou seja, qualquer pessoa, por mais naba que seja, vai tirar fotos absolutamente incríveis com estes telemóveis.

99% das vezes, basta apontar, tirar a foto, e… Pronto! Está feito! Porém, mesmo que a coisa corra mal, tem tantas e boas ferramentas para salvar a foto, que parece quase um aparelho vindo do futuro.

Isto é complicado, porque não podemos analisar o Pixel 8 Pro apenas pela sua capacidade de tirar fotos, temos também de olhar para o processamento que ele faz em cada captura, e também para as portas que abre na edição através do Google Fotos. É absolutamente incrível.

Entretanto, como uma imagem vale mais que mil palavras, vamos primeiramente olhar para algumas das capturas feitas através do Pixel 8 Pro. Para depois dar uma olhadela ao potencial de edição que o smartphone oferece.

Wide
Noite
Noite
Noite
Sem Modo Noite

Macro

Macro

Edição (Exemplos)

Borracha Mágica

Editor Mágico

One Take

Como dizer isto sem parecer que estou a tentar levar a Google para a cama… O Pixel 8 Pro é, para mim, o melhor smartphone para tirar fotografias que o dinheiro pode comprar. O que você pode fazer com este telemóvel é algo que pura e simplesmente ainda não existia no mercado.

É que além destas funcionalidades, o Pixel é ainda capaz de anular ruídos parasitas nos seus vídeos, ao mesmo tempo que dá sugestões de edições.

Sim, existem vários smartphones incríveis, capazes de capturas de cortar a respiração. Mas isto? Saber que vai tirar sempre a melhor foto, e mesmo que faça porcaria, bastam 2 ou 3 toques para “arranjar” a foto perfeita?

É incrível.

Bateria (Autonomia)

Este nem é um dos focos da Google com estes smartphones, mas ambos os aparelhos são muito bons na gestão de recursos, sendo possível chegar a 1 dia e meio de utilização sem grandes problemas, mesmo que seja um “power user”.

Conclusão

Estou rendido! A Google sabe o que está a fazer nestes Pixel! A única coisa que eu gostava de ter visto, era preços um pouco mais apelativos para meter o bichinho atrás da orelha dos consumidores.

Desta forma, apesar de ser um preço mais apelativo face a qualquer rival de topo Android (Pixel 8 Pro custa 1139€), a realidade é que estamos no fim da atual geração do ecossistema, e talvez mais importante que isso, este Pixel 8 Pro tem de lutar contra um iPhone 15 Pro extremamente forte no mercado.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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