A AMD está no topo do mundo, de facto, até no lado das placas gráficas as coisas estão a correr melhor, o que é um excelente sinal para o futuro da empres. Mas, falando de futuro, a próxima geração de processadores AMD já começa a ganhar forma, e os detalhes que estão a sair cá para fora deixam claro uma coisa: a AMD não está para brincadeiras.
A arquitetura Zen 6 vai apostar forte nos processos de produção mais avançados da TSMC, com foco especial no novo nó N2P de 2nm.
AMD vai dar um belo salto nos processadores (2nm)
Segundo o leaker Kepler_L2, que costuma acertar nestas coisas, a AMD já partilhou com os seus parceiros os planos para os futuros Zen 6, incluindo as escolhas de processo para cada gama de produto. A ideia é simples! Usar o N2P nos modelos mais potentes, e o N3P de 3nm para gamas mais acessíveis e para portáteis.
Servidores primeiro, como sempre
No segmento empresarial, os novos EPYC “Venice” vão ser os primeiros a chegar com Zen 6. Tanto os “Venice Classic” como os “Venice Dense” (este último com maior densidade de núcleos) vão usar o N2P. Isto faz sentido, especialmente se a AMD quiser subir para 12 núcleos por chiplet na versão Classic e até 32 núcleos por chiplet na Dense.
Com o novo processo, há margem para isso.
Ryzen de nova geração com nome olímpico!
No desktop, a plataforma Ryzen Olympic Ridge também vai usar o N2P.
Mas não vai estar sozinha: os portáteis premium da gama Gator Range seguem o mesmo caminho, o que significa que os chips topo de gama da AMD vão todos beber da mesma base tecnológica de 2nm.
Portáteis acessíveis com mistura de processos
Já na gama média, onde cada cêntimo conta, a AMD vai apostar numa solução híbrida com os Medusa Point, que sucedem aos atuais Strix Point. Os modelos mais completos terão um design em chiplet, com núcleos (CCD) em N2P e o I/O Die em N3P.
Entretanto, os modelos de entrada serão monolíticos (uma única die), todos em N3P, o que deve ajudar a baixar custos sem sacrificar demasiada performance.
E o resto?
Ainda há nomes no ar, como Medusa Halo (provavelmente para portáteis topo de gama) ou Bumblebee (gama de entrada), mas não há detalhes sólidos. Quanto às gráficas com RDNA5 (também referida como UDNA), ainda não se sabe que processo vai ser usado.
Assim, a aposta da AMD fica clara! Manter a liderança na eficiência por watt, puxar pelos limites da densidade de núcleos e apostar forte nos 2nm. Agora é esperar para ver se esta estratégia se traduz em desempenho real ou apenas em ganhos marginais face à concorrência.
Se a AMD acertar, podemos estar perante uma geração que vai deixar a Intel ainda mais atrás no calendário tecnológico. Algo impensável há alguns anos atrás.