A realidade aumentada (RA), ao contrário da realidade virtual (RV), integra informação digital no ambiente de um utilizador. Proporciona uma versão interactiva do mundo real, oferecendo funcionalidades que vão do entretenimento à educação.
O que é a realidade aumentada e como nasceu esta tecnologia
Um cientista informático de Harvard chamado Ivan Sutherland desenvolveu a primeira tecnologia de realidade aumentada em 1968, mas a tecnologia só encontrou a sua primeira aplicação comercial em 2008. Uma agência de publicidade alemã criou um anúncio para um Mini numa revista física. Quando os leitores apontavam o anúncio para a câmara de um computador, o BMW aparecia no monitor. O anúncio servia como um marcador físico que levava os computadores a projetar uma versão virtual do automóvel, permitindo aos utilizadores olhar para o carro de diferentes ângulos.
A realidade aumentada ganhou grande popularidade em 2016, quando a Niantic lançou a aplicação “Pokémon Go”, misturando o ambiente do mundo real com as criaturas míticas do jogo. Desde então, tem sido fácil encontrar aplicações que utilizam a realidade aumentada nos smartphones. Os headsets também permitem aos entusiastas da RA levar a tecnologia para o nível seguinte, mas como funciona esta tecnologia?
Os diferentes tipos de realidade aumentada
A RA integra uma combinação de ambientes digitais e físicos, interacções feitas em tempo real e identificação 3D de objectos virtuais e reais. Assim utilizando esses dados, pode apresentar um objeto ou uma interface em 3D sobreposta ao mundo real. Para tal, são necessários vários componentes de hardware, como um processador, um ecrã e sensores. Em alguns casos, é necessário um dispositivo de entrada, como um rato e um teclado, se os utilizadores quiserem interagir com a interface. Mais importante ainda, o dispositivo precisa de uma câmara, como a que se encontra num smartphone, tablet, óculos ou auricular.
Existem dois tipos de RA: O primeiro tipo é conhecido como RA baseada em marcadores, que utiliza o reconhecimento de imagem que permite ao software identificar objectos pré-programados num dispositivo ou aplicação. Por exemplo, quando os utilizadores lêem um código QR, aparecem informações sobre um objeto ou local. O código QR é um marcador, daí o termo “baseado em marcadores”. Depois, há a RA sem marcadores e, tal como o nome indica, os utilizadores não precisam de digitalizar um marcador para receberem uma experiência aumentada.
Entretanto, em vez disso, a RA sem marcadores utiliza informações recolhidas pela localização geográfica de um dispositivo, câmaras, sensores como acelerómetros ou bússolas e até mesmo a hora do dia para gerar dados virtuais. Existem várias subcategorias de RA sem marcadores, incluindo a RA baseada na localização, a RA baseada na sobreposição e a RA baseada na projeção. Algumas aplicações utilizam uma combinação de todos os subtipos para proporcionar uma experiência mais completa. O “Pokémon Go” é uma forma de RA sem marcadores.