A União Europeia quer começar a aplicar uma nova taxa sobre todas as encomendas de baixo valor que chegam de fora da UE. Valor proposto? 2 euros. (Ou 50 cêntimos se for para um armazém).
Parece pouco? Sim. Até pode ser pouco, especialmente face às tarifas Norte-Americanas que têm dado tanto que falar. Ainda assim, é o suficiente para mexer com a carteira de quem gosta de comprar barato. Mas, acima de tudo, é o princípio de algo que pode assustar.
Afinal, se agora são 2€, quanto poderá ser no futuro? Qual é o limite?
A Europa vai taxar (mais) as tuas encomendas vindas da China
Segundo a proposta, que ainda não foi implementada, todas aquelas encomendas de 1 ou 2 euros da Temu, AliExpress, Shein, ou lojas similares, vão passar a ser taxadas com mais 2€.
Ou seja, um adaptador, um cabo, uma peça de substituição, ou quem sabe, até umas hipotéticas meias com Wi-Fi lou Bluetooth… tudo vai levar com esta nova “contribuição solidária” de Bruxelas.
A desculpa? “Proteger a indústria europeia.”
Tal e qual como as Tarifas de Trump, o motivo é o mesmo.
Proteger os produtores locais, impedir o dumping, evitar que o mercado europeu seja esmagado por produtos chineses que chegam a preços abaixo daquilo que deveria ser o normal.
Mas na prática, isto vai penalizar mais uma vez quem menos tem e precisa de comprar barato. Afinal, como deve imaginar, grande parte das pessoas que compra nas plataformas referidas em cima, não o faz pela qualidade, faz porque tem de tentar encontrar alternativas baratas.
Dois pesos e duas medidas?
O Trump fez parecido e foi o fim do mundo. A UE faz… e é “boa política”.
As comparações com os EUA são inevitáveis. Quando foi Trump a impor tarifas, disseram que era protecionismo populista, que seria algo capaz de destruir a economia global, etc… Agora que é a União Europeia, apesar de ser numa proporção completamente diferente, passa a ser “por uma boa causa”.
Mais uma vez… As regras mudam a meio do jogo.
Em suma, se costumas fazer compras internacionais, prepara-te. Porque o próximo passo da União Europeia é fechar ainda mais o cerco. Porém, a realidade é que a UE está a perder competitividade, e infelizmente, a resposta não é inovar, é taxar.
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