O carregamento USB tornou-se tão banal que já nem pensamos nisso, mas é um pequeno milagre que finalmente tenhamos um padrão universal. Se tens idade suficiente para te lembrar da dor de cabeça que era ter uma gaveta cheia de Carregadores USB, onde cada um pertencia a um aparelho diferente, sabes bem que as coisas melhoraram muito. No entanto, embora o conector seja (quase) sempre o mesmo, as velocidades de carregamento variam imenso. Se já te perguntaste porque é que o carregador de parede carrega o teu telemóvel num instante, mas a porta USB do teu computador parece demorar uma eternidade, a resposta é: “depende”. Aqui está o que precisas de saber sobre os Carregadores USB e as velocidades.
Carregadores USB e quem define a velocidade

Para além do formato da porta, existem diferentes gerações de tecnologia e limitações físicas:
O abismo da velocidade: O carregamento via USB pode ir de uns “arrastados” 2,5 W até uns impressionantes 240 W (com o novo USB4 Versão 2.0).
Onde encontras o quê: As velocidades baixas (USB 2.0) são comuns em portas antigas, como as que encontras em aeroportos, cafés ou no tablier de carros mais velhos. Já os novos portáteis e telemóveis de topo usam as normas mais recentes.
O “aperto de mão” (Power Delivery): Existe um padrão chamado USB Power Delivery (USB-PD). Basicamente, é uma negociação entre o carregador e o aparelho para definir a velocidade máxima segura. Se não falarem a mesma língua (ou se usarem tecnologias proprietárias como a SuperVOOC da Oppo ou Quick Charge da Qualcomm), a velocidade pode cair para o mínimo.
O fabricante manda na tua porta USB
Às vezes, a culpa não é do cabo, mas sim do computador ou do dispositivo onde estás a ligar o cabo.

Os fabricantes podem impor limites artificiais à velocidade de carregamento ao nível da placa-mãe. Porquê? Para proteger o equipamento. Uma porta USB no teu portátil pode tecnicamente suportar mais energia, mas se puxasse demasiada carga, poderia danificar o sistema. Por isso, muitas vezes limitam a saída de energia para garantir a segurança do aparelho anfitrião.
O segredo está no “Elo Mais Fraco”
Podes ter o telemóvel mais moderno do mundo e um carregador super rápido, mas continuares a carregar lentamente. Porquê? Porque a velocidade é definida pelo elo mais fraco da cadeia.
Imagina este cenário:
- Tens um portátil que suporta carregamento a 140 W.
- Tens um carregador de parede potente.
- Mas usas um cabo antigo ou básico que só suporta 60 W.
Resultado: O teu portátil só vai carregar a 60 W (ou menos).
Como garantir que tens a velocidade máxima?
Usa o carregador certo: Tenta usar um carregador com potência (W) superior ou igual à que o teu dispositivo precisa.
Atenção aos cabos: Nem todos os cabos USB-C são iguais. Garante que o cabo suporta a voltagem e a transferência de dados adequadas.
Cuidado com o que vem na caixa: Às vezes, o carregador incluído com o gadget não é capaz de atingir a velocidade máxima que o próprio aparelho suporta (ou, hoje em dia, nem sequer trazem carregador).
Se quiseres tirar as teimas, podes comprar um pequeno medidor de potência USB (barato na Amazon). Ele liga-se entre o cabo e a porta e diz-te exatamente a que velocidade a energia está a fluir.

