Durante anos, além de problemas de resistência que marcou para sempre o formato, os smartphones dobráveis têm sofrido sempre do mesmo mal… São estranhos, e nem sempre têm um caso de uso que faça sentido para toda a gente.
Ou seja, quando estão fechados são demasiado altos e estreitos, e quando abertos não são bem um tablet nem bem um telefone. Ficam ali num limbo pouco prático, tanto para apps como para o uso diário.
Pois bem, ao que tudo indica, a Apple quer atacar exatamente esse problema com o seu primeiro iPhone dobrável.
Um formato mais próximo de um tablet a sério!
Segundo informações avançadas pelo The Information, o iPhone dobrável não vai seguir à risca o caminho da Samsung e dos Galaxy Z Fold. Até porque, este formato ainda não tem o sucesso que o mercado desejaria.
Ou seja, a ideia da Apple passa por criar um ecrã interior mais largo e mais retangular, muito mais próximo da experiência de um tablet do que de um telefone esticado.
Os números ajudam a perceber a estratégia! Visto que o ecrã exterior deverá rondar as 5.3 polegadas, mais pequeno do que um iPhone Pro atual. Já o ecrã interior, quando aberto, deverá chegar às 7.7 polegadas, muito próximo do iPad mini.
Outras fontes apontam para valores semelhantes, o que reforça a ideia de que este formato está mesmo fechado…. E isto muda tudo!
Porque é que isto faz tanta diferença?
O grande problema dos foldables atuais não é a tecnologia. É o seu preço, e o software que teima em continuar longe de estar otimizado.
Isto porque o formato estranho obriga os developers a adaptar apps a algo que não é bem telefone nem bem tablet. Resultado? Apps esticadas, interfaces mal aproveitadas e experiências inconsistentes.
A Apple tem aqui uma vantagem brutal.
Se o iPhone dobrável tiver proporções semelhantes a um iPad mini, pode simplesmente aproveitar o ecossistema de apps do iPad. Ou seja, pode usar apps que já existem. Não é preciso adaptar nada. À partida, milhares de aplicações já estariam prontas para tirar partido daquele ecrã desde o primeiro dia.
É uma jogada muito Apple. Resolver um problema de hardware usando software e ecossistema.
A Samsung não vai ficar a ver… Claro!
Claro que a Samsung não vai assistir sentada. Os rumores apontam para um Galaxy Z Fold 8 com mudanças importantes no formato, possivelmente também mais largo do que os modelos atuais.
Fala-se num ecrã exterior de 6.5 polegadas e num ecrã interior a rondar as 8 polegadas. Se se confirmar, a Samsung pode até ir mais longe do que a Apple em termos de tamanho.
Além disso, há outro ponto sensível. As câmaras. Os foldables da Samsung sempre ficaram atrás dos seus Ultra neste campo. Mas o Fold 8 pode mudar isso. Já o iPhone dobrável, para já, aponta para uma câmara principal de 48 MP e uma ultra grande angular de 12 MP.
Ou seja, neste campo a Apple vai ficar muito aquém da rival.
2026 vai ser o verdadeiro teste aos dobráveis?
Antes da crise já acreditei mais nisto. Com a memória a chegar a preços absurdos, é possível que os consumidores e fabricantes metam um travão na ânsia em trocar de smartphone.
Mas, ainda assim, com a Apple a entrar na jogada, é inegável que o ano de 2026 vai ser muito importante para o mundo dos dobráveis. Pode até vir a ser o “vai ou racha”.
