USB é daquelas coisas que toda a gente usa, porque existe em tudo ou pelo menos quase tudo. Mas, enquanto começam a aparecer cada vez mais utilizadores com noção daquilo que está a fazer, a realidade é que a grande maioria das pessoas continua a viver a vida um bocadinho sem saber o que estão a fazer.
As portas USB são um bocado isto. Está ali, entra, funciona? Siga. O problema é que nem todas as portas USB são iguais, e em 2025 isso já não é um detalhe. Entre USB 2.0, USB 3.0, USB 3.2 Gen 2×2, USB4 e Thunderbolt, tens ligações que vão de “dá para o gasto” até “isto voa”.
Andas a ligar coisas à porta USB errada! O quê?
Como é óbvio, se ligares o gadget certo na porta errada, há coisas que simplesmente ficam limitadas. Até pode funcionar, mas podem existir falhas ocasionais, ou então ficam lentas de uma forma que te faz pensar que o problema é do equipamento, quando na verdade o problema és tu e aquela porta USB escolhida ao calhas.
Vamos a cinco casos onde isto acontece mais do que devia.
1) Hubs USB
O clássico. Ficas sem portas, compras um hub, ligas tudo lá, e depois queixas-te que o disco externo está lento, a placa de som falha ou a webcam engasga. É a coisa mais comum deste mundo.
Um hub não é magia.
Ele tem de funcionar com aquilo que já existe. Por isso, ele divide a ligação. Se ligares o hub a uma porta lenta, tudo o que estiver lá atrás vai ficar limitado por essa porta lenta.
Por isso, se tens um hub para dados (e este é de qualidade) a melhor ideia é ligá-lo à porta mais avançada que o teu PC tiver. Idealmente uma USB 3.2 Gen 2×2 ou uma USB-C com USB4. Se ligares um hub a uma USB 2.0, vais ter tudo a funcionar, mas tudo a funcionar pior do que podia.
É por isso que depois ficas com a sensação de que “o hub é uma treta”. Às vezes é. Mas muitas vezes foste tu que o estrangulaste logo no início.
2) Ratos
Aqui acontece o contrário. Há malta a gastar uma porta de alta velocidade para ligar um rato com fio, ou o dongle de um rato sem fios. Não faz sentido.
Um rato não precisa de largura de banda. Uma USB 2.0 chega e sobra. Guarda as portas rápidas para aquilo que realmente precisa.
No caso de ratos sem fios, a regra é outra. Liga o dongle o mais perto possível do rato para reduzir interferências e latência. Muitos vêm com extensão precisamente por isso. Se tens extensão, usa. Se não tens, tenta evitar ligar o dongle lá atrás no PC, colado a cabos e metal.
3) Placas de captura
Se fazes streaming, capturas gameplay, ou trabalhas com vídeo, isto é crítico.
Placas de captura externas precisam de portas rápidas. Algumas até funcionam numa porta mais lenta, mas o resultado é óbvio. Qualidade pior, drops de frames, limitações na resolução e no refresh rate, e aquele ar de vídeo comprimido que ninguém quer ver em 2025.
A regra é simples. Se a placa pede USB 3.0, liga numa porta USB 3.0 ou melhor. Se for um modelo mais exigente, do tipo que promete 4K e 120 Hz ou mais, então quer USB 3.2 Gen 2×2 ou equivalente.
4) Armazenamento externo
Este é o erro mais comum de todos. Compras um SSD externo rápido, ligas numa USB qualquer, e depois ficas chocado porque copiar ficheiros grandes demora uma eternidade.
É como nas placas de captura, usa uma porta USB moderna e rápida. Em USB-C, o ideal é USB4. Se tiveres Thunderbolt 4, melhor ainda.
E atenção ao pormenor que muita gente ignora. O cabo também interessa.
Estas são as coisas mais normais a falhar. Mas há mais! Por isso, usa o bom senso.
