MEO, NOS e Vodafone vão subir preços em 2026. A DIGI não!

As operadoras já deixaram o aviso. Ou seja, como é costume cada vez que o calendário muda, em 2026 as mensalidades vão voltar a aumentar em quase todos os produtos. Aliás, a MEO e a Vodafone já confirmaram que vão atualizar preços, amparadas nas famosas “condições contratuais” que ligam tudo à inflação e a cláusulas escondidas em letras pequeninas.

Como seria de esperar, nas redes, a reação foi imediata. Em poucos minutos, o Reddit encheu-se de desabafos, gente a fazer contas à vida e outro tanto a dizer aquilo que muitos já pensam em silêncio: só continua a pagar fortunas ao velho “cartel” quem quer, sobretudo quando existe uma alternativa chamada DIGI.

O problema é que a DIGI ainda não chega a todo o lado.

O aumento é “contratual”, mas só cresce para o mesmo lado

A justificação oficial é conhecida por todos.

A MEO diz que em 2026 vai “proceder à atualização de preços contratualmente prevista”, com exceção das marcas Uzo e Moche. Por sua vez, a Vodafone avisa que a 9 de janeiro atualiza preços “até ao valor máximo da taxa de inflação prevista para 2025”, também de acordo com o que está nos contratos.

Na prática, isto significa que quem tem pacote fixo e móvel vai pagar mais, novamente, num serviço que já pesa demasiado no orçamento de muitas famílias. Os operadores dizem que é para “manter o nível de investimento” e “garantir qualidade de rede”.

Entretanto, a NOS também já assumiu que vai alinhar aumentos com a inflação em 2026, depois de ter feito a “graça” em 2025 e não mexer nos preços durante um ano.

DIGI é a arma dos consumidores, mas não é milagre

É impossível ignorar o papel da DIGI neste filme.

A mais recente operadora prometeu não aumentar preços nos primeiros anos a atuar em Portugal. E claro, a promessa é mesmo para cumprir na próxima passagem de ano.

Mas, a cobertura de fibra ótica ainda está longe de ser perfeita, e apesar de muitas melhorias, a cobertura 4G e 5G também ainda não está ao nível das rivais. Ainda assim, é boa ideia ficar atento à DIGI, porque o investimento continua, e o serviço está cada vez melhor.

É também uma operadora que anda a obrigar MEO , NOS e Vodafone a mexer-se.

Porque é que continuamos a pagar tanto em telecomunicações?

A pergunta aparece várias vezes. Como é que, em Portugal, tanta gente paga quase tanto pela fatura das telecomunicações como paga pela luz, gás e água juntos?

Há três grandes razões:

  1. Fidelizações longas
    Muita gente continua presa em contratos de 24 meses, onde a multa por sair é alta o suficiente para matar qualquer vontade de mudança, mesmo quando há propostas muito mais baratas.
  2. Complexidade contratual
    Preços promocionais “até ao fim do ano”, cláusulas de atualização automática com base na inflação, serviços extra que entram e saem da fatura sem grande transparência. Tudo pensado para dificultar a comparação real entre operadores.
  3. Inércia e falta de hábito de trocar
    Enquanto no crédito à habitação já começa a haver cultura de renegociar e mudar de banco, nas telecomunicações ainda há muitas famílias que “deixam andar” porque não têm tempo, paciência ou informação suficiente.

Entretanto, ferramentas como o portal Cessação de Contratos ajudam a perceber se já é possível sair sem multa. Além disso, comparadores independentes mostram bem o choque entre faturas.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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