Isto pode parecer a coisa mais estranha do mundo, mas a Polícia Judiciária abriu uma investigação depois de terem sido descobertos links para serviços de IPTV ilegal em páginas do próprio Governo português. Sim, leste bem.

Plataformas públicas, domínios do Estado, a divulgarem acessos a canais pagos sem licença. É um daqueles casos que faz qualquer pessoa levantar a sobrancelha e perguntar: Mas… Andam a dormir?

Como chegaram links de IPTV pirata a sites do Governo?

A PJ confirma que já existe um inquérito em curso e que estão a ser feitas diligências para perceber:

• quem colocou os links
• como é que as páginas foram alteradas
• se houve falha de segurança, erro técnico ou manipulação intencional

Para já, não há explicações oficiais.

A PJ está a recolher vestígios digitais para seguir o rasto da informação e garantir que o mesmo não acontece novamente.

Até porque a presença deste tipo de conteúdo em páginas institucionais não é só embaraçosa. É perigosa. Isto porque mostra fragilidade nos sistemas do Estado e mina a confiança dos cidadãos em plataformas que deveriam ser seguras por defeito.

• IPTV sempre a encravar? Especialmente no futebol? Faz isto!

O lado negro: a IPTV pirata continua a crescer em Portugal!

Organizações de direitos de autor já vieram sublinhar o óbvio: a pirataria via IPTV continua forte e saudável. Aliás, a tendência é crescer ainda mais, visto que os preços continuam absurdos para a nossa realidade.

Em suma, é barata, fácil de usar e altamente popular. É por isso que afeta operadoras, produtoras e agora, pelos vistos, até o próprio Governo.

Nos últimos anos houve:

• bloqueios de domínios
• apreensão de equipamentos
• detenções de administradores de redes pirata

Mas a oferta ilegal continua sempre um passo à frente. E quando até sites oficiais acabam com links para IPTV, é difícil argumentar o contrário.

O que acontece agora?

A PJ está focada em identificar acessos suspeitos e reunir provas digitais. Assim que tiver elementos suficientes, o caso segue para as autoridades judiciais.

Enquanto isso, fica a sensação de que alguém andou a brincar com sistemas críticos sem que ninguém desse por isso.

E num país onde a IPTV pirata continua a ser vista por muitos como “o serviço que só não é legal porque não lhes dá jeito”, este tipo de incidente só piora a perceção pública.

Mas, no final do dia… Alguém quer saber? Os consumidores querem um serviço de qualidade e acessível. Se tiver de ser pirata, é exatamente esse que vão escolher.