Depois de meses de alertas, detenções e notícias sobre o fim da “brincadeira”, os utilizadores de IPTV pirata em Portugal começaram a reagir. Sim, ainda não começou a “caçada”, mas alguns utilizadores não parecem demonstrar grande vontade de esperar pelo que aí vem.

Por isso, desde que foi anunciada a “caçada” às boxes ilegais e aos serviços IPTV não autorizados, multiplicaram-se os pedidos de ajuda para instalar VPNs, tanto em televisões como em routers domésticos.

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O medo chegou ao sofá Português?

Quando a Polícia Judiciária confirmou a colaboração com entidades europeias na luta contra a pirataria audiovisual, muita gente achou que o tema era apenas “para os outros”. Mas as notícias sobre investigações e bloqueios de IP começaram a mexer com o público português.

Nos últimos dias, temos vindo a recebe várias mensagens e até e-mails de leitores a pedir recomendações para VPNs para instalação em routers, ou se possível, diretamente na TV.

Ou seja, a preocupação é… Quem usa IPTV pirata quer evitar ser rastreado.

O problema? Nenhuma VPN torna um serviço ilegal em algo legal.

No máximo, mascara o endereço IP e dificulta o rastreio, mas a origem da ligação continua lá, e a transmissão continua a ser pirata.

Aliás, além do facto de o uso de uma VPN até poder resultar numa chamada de atenção para cima da sua ligação. Existe um histório, infelizmente cada vez maior, de serviços de VPN que dão os registos às autoridades caso estes sejam requisitados.

A ironia do momento: proteger-se… de algo ilegal

Estamos a falar de  tentativa de continuar a usar um serviço ilegal sem ser apanhado.

Mas, apesar de toda a impunidade que se vive por cá, a realidade é simples: usar IPTV pirata é crime, e instalar uma VPN para o disfarçar não muda isso. As autoridades não andam atrás de quem vê um filme no sofá, mas sim de quem financia e distribui estes serviços, e isso inclui utilizadores que pagam por eles.

Por isso, mesmo que a VPN resulte… Se o teu serviço for apanhado, o teu registo de pagamento também vai ser.

Conclusão

Eu não acredito que a situação mude assim tão rapidamente com isso em Portugal. Mas, ao longo dos próximos 2 anos, sim… Vamos presenciar uma mudança de paradigma. Por isso, talvez não seja uma ideia terrível começar a proteger-se.

O medo já chegou à sala de estar.