Um novo tipo de golpe está a assustar especialistas em cibersegurança. Estamos a falar dos ataques “SMS blaster”. Ou seja, diferente dos esquemas tradicionais, estes não precisam do teu número nem passam pelas torres das operadoras.
O truque é mais engenhoso, e por isso bem mais perigoso.
Como funciona o golpe “SMS blaster”?
O nome “SMS blaster” refere-se a pequenos dispositivos portáteis capazes de imitar uma antena de rede móvel.
Ligam-se a todos os telemóveis próximos, fingindo ser uma torre legítima, e enviam milhares de mensagens falsas com links de phishing. Na realidade, estes equipamentos podem ser escondidos no porta-bagagens de um carro ou até numa mochila, e conseguem atingir centenas de pessoas ao mesmo tempo.
O raio de alcance pode ultrapassar mil metros, e todo o processo, desde a ligação até ao envio das mensagens, demora menos de 10 segundos.
As mensagens são típicas: alertas falsos de impostos, encomendas, portagens, reembolsos ou até bancos. Passam todas porque, como vêm de uma “torre” falsa e não de um servidor externo, passam completamente despercebidas às operadoras.
Como te podes proteger
A boa notícia é que há uma forma simples de te defender!
Se o teu smartphone tiver Android 16 ou superior, entra em Definições > Rede e Internet > Cartões SIM e desativa a opção “Permitir 2G”. Esta tecnologia antiga é a porta de entrada usada pelos SMS blasters para enganar o telefone.
É curioso, porque pode desativar sem problemas, visto que em Portugal, as redes 2G (GSM) estão em fase de descontinuação gradual. O 3G já está em fase de desativação, isto enquanto o 2G está agendado para desaparecer até 2028.
Já no iPhone, a única forma de bloquear 2G é ativar o Modo de Bloqueio (Lockdown Mode), disponível a partir do iOS 16. No entanto, este modo também limita várias funções do sistema, por isso deve ser usado apenas em situações de risco elevado.
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