A nova forma de arrombar casas é assustadoramente simples!

Até há pouco tempo, sentia-me segura em casa. Porta reforçada, chave moderna, prédio com código. Mas depois de ver um vídeo partilhado por um técnico de segurança, fiquei em choque: um simples cabo USB, uma chave batida e um truque com uma moeda eram suficientes para abrir dezenas de portas como a minha em segundos. E estas são apenas alguns exemplos da nova forma de arrombar casas.

A nova forma de arrombar casas é assustadoramente simples!

Pensei que era uma realidade distante. Um problema “lá de fora”. Mas a verdade é que estas técnicas já estão a ser usadas em Portugal, e as autoridades confirmam: o número de arrombamentos sem sinais visíveis está a aumentar.

O regresso do “key bumping” a técnica silenciosa que até os seguros ignoram

Se nunca ouviste falar em key bumping, prepara-te. Esta técnica não é nova, mas está a ganhar nova vida com vídeos a circular na internet e até kits à venda em marketplaces obscuros.

Funciona assim: os ladrões usam uma chave batida, ou seja, uma chave preparada para encaixar na maioria das fechaduras comuns. Depois, com um ligeiro toque (daí o nome “bump”), conseguem fazer com que os pinos da fechadura alinhem e… clack. A porta abre-se como se tivessem a chave certa.

É rápido. Silencioso. E o mais assustador? Não deixa sinais de arrombamento. Ou seja, se fores vítima, o teu seguro pode recusar-se a pagar alegando que não houve invasão forçada.

A novidade do momento: o cabo USB como ferramenta de arrombamento

A outra técnica que está a preocupar especialistas envolve algo que tens certamente em casa: um cabo de carregador USB.

Sim, leste bem.

Ao cortar o cabo e usar a extremidade mais rígida, alguns ladrões conseguem manipular o mecanismo interno de fechaduras de canhão simples muito comuns em portas interiores, casas antigas ou prédios sem manutenção. Em poucos segundos, sem fazer barulho, conseguem destrancar a porta.

Foi exatamente isso que aconteceu a uma família em Braga: chegaram de viagem e encontraram a casa vazia. Nem um vidro partido. Nem um arranhão na fechadura.

Outras técnicas cada vez mais comuns em Portugal

Além do key bumping e do cabo USB, há outras manobras discretas que estão a ser cada vez mais usadas:

O truque da moeda na porta: colocam uma moeda entre a porta e o batente. Se ela continuar lá dias depois, sabem que ninguém entrou em casa. Sinal verde para arrombar.

Imãs potentes e cartões RFID clonados: entretanto em portas com fechaduras digitais ou códigos, já existem formas de enganar o sistema com ferramentas compradas online.

Falsas entregas para testar se estás em casa: Assim batem à porta com uma encomenda falsa. Se não atenderes, voltam mais tarde… com intenções bem diferentes.

Como proteger-te (antes que seja tarde)

Não adianta trancar a porta se ela for fácil de abrir com um toque. Eis o que podes fazer:

  • Atualiza a tua fechadura. Investe num cilindro anti-bumping ou numa fechadura certificada. Os modelos modernos têm proteção contra este tipo de ataque.
  • Instala uma tranca adicional. Um segundo ponto de fecho dificulta qualquer tentativa.
  • Evita fechaduras de canhão simples. São as mais vulneráveis às de cartão.
  • Coloca uma câmara visível. Só o aviso de videovigilância já assusta muitos intrusos.
  • Alerta os teus vizinhos. Partilha estas técnicas com eles um prédio bem informado é um prédio mais seguro.
  • Nunca publiques nas redes sociais que vais de férias. É um convite a que testem estas técnicas quando não estiveres.

Estamos preparados para a nova geração de ladrões?

Entretanto a verdade é que os ladrões estão a evoluir. Já não usam pé de cabra nem partem janelas. Usam código, física e ferramentas improvisadas. Sabem mais sobre fechaduras do que muitos profissionais e aprendem tudo no YouTube.

A tua segurança não pode ficar presa ao passado. Se ainda tens a mesma fechadura há 10 anos, estás a correr um risco silencioso. E quando deres por isso… pode já ser tarde demais.

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A ferver

Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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