O Galaxy Z Fold 7 já chegou e, verdade seja dita, é provavelmente o dobrável mais completo que a Samsung alguma vez lançou. Até podemos dizer que é o dobrável que finalmente mostra uma Samsung atenta e pronta a lutar!
Tem um design mais fino, ecrãs maiores, melhor câmara principal, novo chip e até melhorias no software. Está finalmente a parecer um produto realmente “acabado”.
Porém, como sempre, tudo isto tem um preço. O Fold 7 custa mais de 2000€ em Portugal. É o smartphone mais caro disponível para o público em geral.
Mas… ainda assim… talvez isso não seja assim tão mau quanto isso.
Caro? Sim. Mas talvez faça sentido
Na minha opinião, o preço deste tipo de aparelho continua a ser o maior entrave à sua aquisição. Ninguém vai dar 2000€, ou mais, por um smartphone que é bonito, é diferente, mas ainda tem uma aura de fragilidade à sua volta.
Aliás, segundo a própria Samsung, era esperado que os preços fossem para baixo, em vez de ir para cima, isto à medida que a tecnologia amadurecia.
Mas… esta subida de preço pode ser o início de algo importante! Podemos até dizer que é um ponto de viragem para os dobráveis.
Ainda se lembra? O iPhone X mostrou o caminho
Na altura, ninguém acreditava que o mercado aceitasse smartphones de 1000€. Mas não só aceitou, como hoje temos flagships a tocar nos 1500€. Entretanto, em troca, recebemos verdadeiros monstros tecnológicos: o iPhone 16 Pro Max, o Galaxy S25 Ultra, o Pixel 9 Pro XL… Estamos a falar de câmaras incríveis, ecrãs brutais, desempenho de topo.
Sim, podemos queixar-nos um bocadinho do preço. Mas os smartphones evoluiram muito com esse aumento de preço.
Aliás, esta subida de preço também deu origem a outros segmentos de mercado, onde podemos encontrar os Nothing, os OnePlus, etc… Até na gama média as coisas ficaram mais interessantes. Hoje em dia, com 200~300€, consegue meter as mãos num Redmi Note 14 Pro+ 5G. Um smartphone que, em outros tempos, seria facilmente um topo de gama.
O Fold 7 pode fazer o mesmo pelos dobráveis?
Apesar dos avanços, os dobráveis ainda são uma tecnologia em maturação. Ainda há arestas por limar: ergonomia, durabilidade, câmaras. Subidas de preço como a do Fold 7 podem dar às marcas mais margem para investir em inovação real.
Mas, tem de ficar bastante claro que o objetivo não está apenas no lucro fácil, claro.
Aliás, com isso, pode nascer um novo segmento: os dobráveis de gama média. É algo que o mercado precisa como de pão para a boca.
Conclusão
O Fold 7 é caro, sim. Mas se for o catalisador para tornar os dobráveis melhores e mais acessíveis no futuro, talvez o preço elevado seja um mal necessário.