Hoje em dia, comprar um smartphone novo pode ser um luxo, que claro está, nem sempre está ao alcance de todos. Basta olhar para os preços que dispararam de forma quase absurda, existindo modelos que ultrapassam os 2000 euros, e de facto, vivemos uma era em que até mesmo os “flagships” mais comuns já andam bem acima dos 1000€.
Mas será que vale mesmo a pena? Ou andamos todos a cair na conversa das marcas?
É que se formos mesmo muito honestos, há vários anos que não se encontram melhorias expressivas nos modelos mais recentes e mais populares do mercado. O iPhone 16 é assim tão diferente face ao 15, 14 ou 13? O S25 é assim tão melhor que o S24 ou S23? A resposta é não.
É exatamente por aqui que entram os smartphones recondicionados. Especialmente porque à medida que este mercado evoluiu, este tipo de aparelho deixou de ser considerado um “usado” como muitos ainda pensam. Afinal, um recondicionado passa por testes, limpeza, troca de componentes e até recebe uma nova garantia.
É quase como se fosse um smartphone novo, porém, com um preço bastante mais apelativo. É uma forma de fugir aos preços sem sentido, sem comprometer a qualidade que você quer de facto encontrar num aparelho como é o smartphone.
Mas afinal, o que é mesmo um smartphone recondicionado?
É um smartphone que já foi utilizado por “alguém”, e que entretanto foi devolvido, seja para reparação, ou para a compra de um outro telemóvel mais recente e ou superior.
Normalmente são aparelhos com pouco uso, e por isso mesmo em excelente condição, mas que ainda assim levam peças novas quando precisam, bateria testada (e trocada, se necessário). São também limpos, atualizados e formatados.
Tudo isto antes de voltar para as prateleiras, normalmente com 6 a 12 meses de garantia.
E os graus? O que é isso?
Simples. A maioria das lojas usa um sistema de classificação para indicar o estado físico:
- Grau A: Quase novo. Pode ter sido uma devolução ou um modelo de exposição. Zero ou quase zero marcas.
- Grau B: Pequenos riscos ou marcas de uso. Nada que afete o funcionamento.
- Grau C: Mais batido, com riscos visíveis, mas totalmente funcional. Ideal para quem quer poupar ao máximo.
Como funciona com a bateria? O componente com mais desgaste.
Sempre que fores comprar um recondicionado, pergunta pelo estado da bateria.
Nem sempre é trocada. Por isso, como a troca deve acontecer entre os 80% e 85%, reclama, ou desiste da venda.
Suporte de software? Continua a valer a pena?
Isso depende da fabricante e do suporte de origem. As lojas que vendem recondicionados não estão relacionadas com as atualizações de software.
Dito isto, se comprares um iPhone 13 ou 14 hoje, por exemplo, ainda tens vários anos de atualizações garantidas. A Apple dá suporte até 8 anos. A Google também está a apostar forte nisso com os Pixel. Até a Samsung também já promete até 7 anos, mas só nos modelos mais caros.
Coisas que deves confirmar antes de comprar
- Garantia: pelo menos 6 meses. Idealmente, 12.
- Política de devolução: não arrisques sem saber o que acontece se não gostares.
- Estado da bateria: sempre.
- Acessórios incluídos: carregador, cabo, etc.
- Reputação da loja: vai ao Google, lê reviews, vê se é gente séria.
Conclusão
Se não tens necessidade absoluta de ter o modelo mais recente no dia do lançamento, o que é cada vez mais normal, estás só a desperdiçar dinheiro ao comprar novo. Os smartphones já não representam a revolução técnica de outros tempos, e como tal, talvez não faça sentido andar a gastar tanto dinheiro em novo.
Porém, como sempre, tem de analisar e tomar a melhor opção.