Durante anos, o 0 aos 100 km/h foi o número que fazia sonhar muitos condutores. Mas, sinceramente, os elétricos (EV) acabaram com a magia desse truque. Com o binário instantâneo, qualquer elétrico decente te dá um arranque de montanha-russa até nos modelos mais acessíveis!
Entretanto hoje o que realmente separa um grande EV dos outros não é o sprint. Assim trata-se da qualidade da condução quando já estás em andamento:
- Direção
- Suspensão/Afinação do chassis
- Travões
- Envolvimento
Estes elementos voltaram ao centro do palco.
O Brilho que a Combustão Mantém
É aqui que os bons carros a combustão (os “térmicos”) ainda brilham: o som do motor, a vibração mecânica e aquela “conversa” pela caixa de velocidades continuam a ser difíceis de replicar.
Moral da História: Os EV redefiniram o conceito de velocidade instantânea, mas ainda não clonaram a emoção pura da condução.
Aceleração de Supercarro… por “trocos”
Como viste no mercado português, aceleração de “loucos” já não é um luxo. Assim um hatchback como o MG4 XPower (com um preço base bem acessível) faz 0–100 em 3,8 s, um tempo que, há pouco tempo, era exclusivo de verdadeiros supercarros.
Exemplos no Mercado Português (Preços e 0–100 km/h):
| Modelo | Preço “Desde” (PT) | 0–100 km/h | Nota |
| MG4 Electric | 26.750 € | 7,7 s (XPower: 3,8 s) | EV compacto e rápido. |
| BYD Dolphin Surf | 24.790 € + IVA (campanha) | 11,1–9,1 s | Opção de entrada. |
| Renault Mégane E-Tech | 38.490 € | 7,4 s (220 cv) | Crossover popular. |
| Tesla Model 3 | Varia por conf. | 6,1–3,1 s (Performance) | Aceleração que te cola ao banco. |
Os 0-100 perderam muita importância
Não é que o número seja inútil; é que toda a gente é rápida. Assim se o que te move é só o arranque, por que pagar por um carro térmico de luxo quando um EV familiar te faz o mesmo?
Entretanto as marcas têm de mudar o argumento: direção com feedback (peso e precisão), afinação de chassis, travagem, consistência térmica da bateria e gestão de potência contam muito mais do que um décimo no cronómetro.
Prazer de Condução que não Desapareceu
Mesmo sem eletrões, os carros a combustão também subiram de nível na rapidez. Um Mazda3 atual atinge os 100 km/h em ~8,1 s. Trata-se de um desempenho que, noutros tempos, só encontrarias num “GTI”.
Mas o valor real está no envolvimento que te dão:
- Mazda MX-5: Receita clássica (leve, direção “faladora”, caixa manual) desde ~36 mil € em PT. Prioriza o sorriso a cada curva.
- Hyundai i20 N: Hot-hatch acessível (0–100 ~6,2 s). Prova viva de que o prazer não mora só nos números absolutos.
O que Deves Procurar num Desportivo (EV ou Térmico)
Assim se queres um carro que te dê verdadeiras sensações, foca-te nestes pontos:
- Direção: Queremos precisão progressiva e, sobretudo, que o volante te diga o que a estrada está a fazer.
- Suspensão/Afinação: Controlo da massa (muito importante nos EV mais pesados), contenção de movimentos e conforto real em mau piso.
- Travões: Que resistam ao fade (perda de eficácia) e, nos EV, que a regeneração se integre naturalmente.
- Gestão Térmica: Potência que não “morre” após duas acelerações mais fortes.
- Engajamento: Modos de condução que não “anestesiem” o volante, feedback que te ajude a ler a estrada.
É por isto que muitos entusiastas continuam a escolher carros como o MX-5, BRZ/GR86, GTI ou equivalentes. E é por este caminho que os EV de próxima geração têm de ir: menos drag race, mais sensações.
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